TECO Latin America 2022 debateu sobre tendências, tecnologias e sustentabilidade na cadeia do etanol de milho  

Publicado em 19/08/2022 09:39
Promovido pela Novozymes, o evento ainda foi palco do lançamento de nova planta de leveduras avançadas da empresa 

A 8ª edição do TECO Latin America, principal evento do setor de etanol de milho da América Latina, reuniu os mais importantes representantes do segmento na região, incluindo produtores, investidores, associações e provedores de tecnologia, para apresentar as principais tendências da indústria. O evento, organizado pela Novozymes, empresa dinamarquesa líder em biotecnologia e na produção de enzimas e leveduras para o mercado de etanol de milho no mundo, aconteceu nos dias 08 a 09 de agosto, em São Paulo, e contou com mais de 220 participantes.  

“Desde 2015, o TECO vem sendo uma plataforma de insights para a tomada de decisão para as empresas de etanol de milho na América Latina. Esse ano não foi diferente. Tivemos dois dias de muita troca e um amplo debate sobre desafios, oportunidades, tendências em tecnologia e sustentabilidade na indústria de biocombustíveis. Foi uma alegria poder receber a todos os nossos clientes e parceiros presencialmente, após dois anos de pandemia, e nos reconectarmos com as novidades desse setor que vem crescendo de forma muito importante e interessante”, afirma William Yassumoto, Presidente Regional da Novozymes para América Latina. 

O encontro teve o objetivo de ampliar a discussão sobre desafios e oportunidades da indústria de etanol de milho no Brasil e demais países da América Latina e o grande potencial de crescimento desse setor nos próximos anos. Distribuídos em três blocos de debate, o evento abordou as tendências econômicas e tecnológicas do setor, a economia da planta, e a excelência operacional, todos ancorados no pilar fundamental da indústria, a sustentabilidade. 

Na abertura do evento, o presidente regional da Novozymes para América Latina, anunciou a inauguração de uma nova planta de leveduras avançadas no final deste ano. Instalada no site de Araucária, no Paraná, a planta terá capacidade para suprir a demanda do mercado de etanol de milho da América Latina e está conectada com as projeções de expansão do setor para os próximos anos, que vai atender à crescente demanda por biocombustíveis.  

“Na nova planta produziremos leveduras avançadas que permitirão aos produtores locais de etanol de milho gerenciarem suas plantas com mais flexibilidade e rendimento. Nossa meta é aproximar a inovação global da Novozymes com o mercado da América Latina de forma ainda mais rápido; além de garantir o abastecimento local aos produtores da região com segurança e eficiência”, afirma William Yassumoto.   

A série de palestras teve início com o painel sobre o cenário econômico ‘Tendências de Mercado para a indústria’ que contou com palestras de representantes do sistema financeiro, do poder público e de consultorias de mercado. Na apresentação ‘Sustentabilidade e o financiamento do agro brasileiro’, os representantes do RoboBank - Fabiana Alves, Diretora Executiva, e Andy Duff, Gerente de Pesquisa, apontaram a necessidade de trilhar caminhos de crescimento alinhados com a sustentabilidade e a necessidade de gerenciar as plantas industriais de etanol de milho e o plantio do grão conforme as regras atuais de descarbonização. “Negócios mais sustentáveis são mais atrativos para os bancos”, afirmou Fabiana Alves.   

O tema ‘Panorama da matriz energética global’ foi apresentado pela Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Argus Media, Ana Loureiro, que abordou o potencial e multimodal da matriz energética do Brasil, em especial ressaltando o crescimento do setor de etanol de milho e a utilização dos resíduos industriais para o aproveitamento de todos os DDGs dessa indústria.  

Fechando o painel, o vice-presidente de Marketing para Biossoluções Industriais da Novozymes, Hans Ole Klingenberg trouxe uma discussão sobre ‘O futuro das biorrefinarias’, em que explorou potenciais produtos que podem ser gerados a partir das biorrefinarias de etanol num futuro próximo, aumentando a geração de valor desta indústria.O superintendente no Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), Cleiton Gauer, apresentou o ‘Cenário dos indicadores fundamentais para a indústria de etanol de milho’ e a performance das indústrias do setor instaladas em Mato Grosso. Enfatizou o grande crescimento dessa indústria em seu estado em menos de uma década e o incentivo do IMEA quanto à prática do reflorestamento com eucalipto, uma fonte de energia para a indústria de etanol de milho que usa o cavaco em suas caldeiras.  

O Presidente Executivo da UNEM, Guilherme Nolasco, falou sobre as ‘Fronteiras da produção de etanol de milho no Brasil’, destacando o cenário de crescimento do setor nos últimos cinco anos e o grande potencial do Brasil como um dos principais produtores de etanol de milho da América Latina. A estimativa, segundo Nolasco, é que a produção brasileira de etanol de milho chegue a 10 bilhões de litros até 2031.  Na safra 22/23 a projeção de produção é de 4,5 bilhões de etanol de milho, de um total de 32 bilhões. Ressaltou também a transformação que o setor de etanol vem presenciando com a escalada ascendente do etanol de milho como uma alternativa promissora e complementar para a produção do etanol em planta flex, principalmente na entressafra.  

‘Sustentabilidade no centro da estratégia empresarial’ foi o tema da palestra do CEO da FS Fueling Sustainability, Rafael Abud, que apresentou o projeto de carbono negativo que está em fase de testes na planta industrial da FS localizada em Lucas do Rio Verde, MT. A ideia é armazenar debaixo da terra o CO2 produzido pela planta industrial e assim comercializar um etanol de milho com pegada negativa de carbono. Os mercados internacionais estão exigindo cada vez mais produtos que tenham baixo teor de carbono na produção. Uma produção mais verde – uso de biomassa, menores níveis de fertilizantes, diminuição do desmatamento e carbono negativo - vai atrair e conquistar mais e novos mercados, defendeu o executivo.  

No painel dedicado às tendências tecnológicas da indústria - Tendências em Tecnologia de Processo, o Líder da Engenharia de Processos da Katzen International, Ethan Campbell, a Gerente Comercial para a América do Sul da Fluid Quip Technologies, Mariana Feritas, e o Analista de Desenvolvimento de Negócios da ICM, Daniel Ruschel, destacaram a expansão do setor nos últimos cinco anos, e o potencial de crescimento ainda maior para o futuro. Para isso é necessário que as plantas industriais se tornem ainda mais rentáveis e sustentáveis, acompanhando a tendência pela descarbonização do meio ambiente e a maior eficiência na produção do etanol de milho com total aproveitamento dos DDGs.  

Apresentações sobre a melhoria da performance econômica da planta industrial aconteceram no segundo dia do evento em dois momentos. No primeiro, o painel ‘Expandindo os Horizontes do Mercado’ trouxe a importância dos DDGs para a indústria e as estratégias para se extrair mais do milho. O tema ‘Atualizações de aplicações de DDGS em Bovinos’, foi apresentado pelo Gerente Global de Tecnologia da Nutron Cargill Animal Nutrition, Pedro Veiga; o ‘Panorama de aplicações do DDG além de ruminantes’, pelo Diretor de Inovação da ICM, Ryan Mass; e ‘Análise de mercado da cadeia do etanol de milho’, pelo Sócio-Diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres.  

As estratégias de operação da planta agrícola de acordo com o contexto de mercado, resultando em formas de se extrair mais dos ativos foram abordadas no painel ‘Maximização da Operação e Geração de Resultados’. Nele, os temas apresentados foram os seguintes: ‘Operação de alto desempenho alavancando resultados financeiros’, pelo Gerente de Vendas para a Indústria na Novozymes North America, Ryan Knight; ‘Impactos da modernização na USIMAT na performance industrial’, pelo Presidente da USIMAT, Alfredo Scholl; e ‘Criação de plantas de alta produtividade’, pelo Diretor de Operações para a América Latina da LucasE3, Aparício Bezerra;  

O painel ‘Excelência de Processo’ contou com as palestras sobre ‘Elementos de performance na aplicação de extrato de lúpulo no controle de contaminação’, do Gerente de Vendas Técnicas na América do Norte da BetaTec Hop Products, Steve Lacombe, ‘Avanços na Extração de óleo’, do Coordenador de Projetos de Engenharia da Fluid Quip Technologies, Marc Byrne, e com a palestra do Cientista de Aplicação de Biotecnologia da Novozymes, Dale Earls, que falou sobre ‘Bioinovações em leveduras rompendo barreiras de processo’. 

No encerramento do TECO 2022, o CEO da CBKK, Marcello Brito, falou sobre a necessidade urgente da agroindústria brasileira seguir as regras internacionais e nacionais de sustentabilidade e descarbonização da produção. Em sua palestra ‘A integração mundial do agro brasileiro, efeitos e desafios’, Brito ressaltou que a aplicação das regras de proteção ao meio ambiente serão cada vez mais exigidas pela sociedade civil e pelos governos de todos os países. “O setor de etanol de milho tem uma grande responsabilidade e oportunidade de intensificar as aplicações de práticas sustentáveis em suas plantas industriais, para colaborar com a sustentabilidade do meio ambiente e também para atrair mais negócios”, concluiu o executivo.    

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Fonte:
Assessoria de Comunicação

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