Grupos Mafra e CMAA investem R$ 2 bilhões em refinaria para produção de etanol de milho no Pará
Os Grupos Mafra e CMAA anunciam a criação da joint venture Grão Pará Bioenergia para a construção de uma refinaria de biocombustíveis em Redenção, sudeste do Pará. O foco principal é a produção de etanol de milho. Os investimentos superam R$ 2 bilhões até 2029, sendo que R$ 600 milhões já serão alocados neste ano.
O empreendimento prevê a geração de 600 empregos diretos e 3 mil indiretos, além de fomentar a produção agrícola e florestal na região. A previsão é que a industrialização comece em 18 meses, utilizando milho da safrinha 2025.
A Grão Pará Bioenergia é formada pelo Grupo Mafra, fundador da Viveo (VVEO3) e presente no Pará há 20 anos com agricultura e pecuária, e o Grupo CMAA, que atua no setor sucroalcooleiro, com três usinas em Minas Gerais. O presidente executivo será Flávio Inoue.
Os Grupos Mafra e CMAA acreditam que o projeto contribui para o Pará se tornar uma fronteira de produção agrícola e pecuária sustentável ainda mais importante. Eles confiam que a oferta de milho, principal matéria-prima da refinaria, também deverá crescer na região. Da mesma forma, o projeto tem potencial para alavancar o consumo regional de etanol. “Como se trata de um investimento sustentável e balanceado, será positivo para o Pará como um todo, além de ser muito atrativo para diversos mercados", informam os investidores.
“A pauta de sustentabilidade converge totalmente com a estratégia de investimentos dos Grupo Mafra e CMAA. Isso agrega altíssimo valor na produção em áreas já antropizadas, por meio de transformação das áreas de pastagens degradadas em agricultura, intensificando a pecuária e agricultura, com zero necessidade de abertura de novas áreas e preservando as reservas de florestas nativas", destaca Carlos Mafra Júnior.
“São muito importantes essas iniciativas no estado do Pará, como a da viabilização do biocombustível fruto do milho", afirma o governador do
Pará, Helder Barbalho, destacando que o empreendimento proporciona consistentes benefícios econômicos ao Pará. “Além de movimentar a economia local, gerará renda e oportunidades de negócios para os mais diversos setores envolvidos, como construção civil, transporte, comércio e serviços, entre outros. A indústria também tem potencial de aumentar a arrecadação de impostos para o estado”.
Impulso à agricultura, às florestas plantadas e à pecuária do Pará – A plena capacidade, a indústria demandará mais de 1,5 milhão de toneladas de milho por ano, o que incentivará os agricultores a aumentar a área plantada e a produtividade.
O cultivo de florestas de eucalipto para o fornecimento de biomassa para a geração de vapor e energia elétrica à refinaria também será impulsionado. O cultivo de eucalipto também proporciona benefícios ambientais, como recuperação de áreas degradadas, proteção do solo, conservação da água e sequestro de carbono.
A indústria também oferecerá um serviço de engorda de bovinos para os pecuaristas parceiros, que poderão utilizar a estrutura da unidade para confinar bovinos em regime de boitel, com o uso de DDG (dry distillers grains) proveniente da produção de etanol de milho.
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