Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja discute medidas emergenciais para crise no agronegócio
O presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul, Jorge Michelc, participou da 60ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja, nesta terça-feira, 25, na sede do Ministério da Agricultura e pecuária (Mapa), em Brasília.
A Câmara que é presidida pelo vice-presidente da Aprosoja/MS, Andre Dobashi, tratou da conjuntura do setor produtivo, medidas de contenção da crise financeira provocada pela quebra de safra e queda nas cotações, seguro rural, política de garantia e qualidade da soja, legislação de classificação da soja, defensivos agrícolas e referencial fotográfico da cultura.
Michelc destacou que a participação de entidades de representação de classe é fundamental para levar as demandas regionais até a Câmara Setorial. “Em nosso estado, a colheita ainda está em andamento, contudo, os técnicos de campo da Aprosoja/MS já têm reportado regiões com perdas significativas nesta safra. Então, assim como os demais estados, principalmente os da região centro-oeste, nós estamos empenhados em buscar soluções junto aos órgãos competentes para auxiliar o produtor rural nessa crise que deve impactar neste ciclo, bem como as safras subsequentes”, disse Michelc.
Entre os principais pontos da reunião, Dobashi salientou que muitas pautas debatidas já estão sendo tratadas pelo Ministério, evidenciando a efetividade no atendimento das demandas do setor, por meio da Câmara. “Neste momento, já não estamos mais olhando para a quebra de safra em função do clima, mas sim, para os danos financeiros provocados por este cenário. Isso gera uma incapacidade financeira ao produtor rural, não só pela redução da produção, mas também pelos baixos preços das commodities e altos custos de produção. E de acordo com o que o Mapa tem sinalizado, acreditamos que até meados de abril já tenhamos medidas apresentadas para minimizar os prejuízos a curto e a médio prazo”, disse Dobashi.
Outro tema que ganhou ênfase foi a restrição do uso de tiametoxam, determinada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), em fevereiro deste ano. O princípio ativo é utilizado na formulação de defensivos agrícolas controladores de insetos-praga de diversas culturas comerciais, entre elas, a soja e o milho. Na oportunidade, os representantes cobraram um posicionamento urgente do Mapa a respeito do tema.
Participaram da reunião o assessor especial do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Augustin; representantes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); representantes da Confederação Nacional da Agricultura (CNA); das Federações de Agricultura e Pecuária, das Aprosojas; da Embrapa e da indústria.
A próxima reunião ficou marcada para o dia 30 de abril.
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