Sistema FAEP repudia invasões do MST pelo país
O Sistema FAEP manifesta repúdio às invasões de prédios públicos promovidas por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) nesta semana. A ação coordenada faz parte de uma mobilização nacional que, até o momento, já atingiu unidades regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), além de prédios do Banco do Brasil e secretarias estaduais.
Segundo o MST, invasões e outros atos devem ocorrer em 21 Estados e no Distrito Federal. Até o momento, as invasões já atingiram Estados como Minas Gerais, Paraíba, São Paulo, Alagoas, Ceará, Maranhão, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte, além do Distrito Federal, com participação de cerca de 17 mil pessoas ligadas ao movimento.
Para o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette, a invasão de prédios públicos compromete o diálogo democrático e gera insegurança para produtores rurais e a sociedade em geral. A reunião de líderes nacionais do MST com o presidente Lula, em meio a essa ofensiva, também representa uma afronta aos setores econômicos e à estabilidade institucional do país.
“É inaceitável que o presidente da República abra as portas do Palácio do Planalto para um movimento que promove invasões ilegais, enquanto ignora os representantes do setor produtivo, que sustentam a economia do país. Estamos à beira de um colapso do setor produtivo com a proximidade do início do tarifaço imposto pelos Estados Unidos e o governo federal nunca recebeu as entidades representativas do agro para discutir ações para minimizar os efeitos”, critica Meneguette. “O avanço da agricultura e da sociedade brasileira não pode estar atrelado a práticas ilegais e coercitivas promovidas por grupos criminosos. Essas ações enfraquecem as instituições, prejudicam o andamento de políticas públicas e ameaçam a segurança jurídica, um risco grave para o desenvolvimento do meio rural”, complementa.
Ameaça no campo
A escalada de invasões promovidas pelo MST também tem gerado insegurança entre produtores paranaenses. Em Umuarama, no Noroeste do Estado, a produtora Maria Inês Pelissari obteve na Justiça uma liminar para garantir a posse de uma propriedade que estaria na mira de nova invasão. A família já havia sido alvo de invasão anterior.
O caso está sendo acompanhado pelo Sistema FAEP e pelo sindicato rural do município, em defesa do direito de posse e da ordem no campo. O Sistema FAEP já acionou a Secretaria Estadual de Segurança Pública para garantir o cumprimento da decisão judicial.
Atualmente, a área está sob processo de avaliação do Incra para verificar sua produtividade. Para o Sistema FAEP, esse tipo de procedimento, quando conduzido de forma questionável, gera instabilidade, desestimula investimentos no campo e alimenta a atuação de grupos que agem à margem da lei.
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