Famato solicita reavaliação do ZARC em reunião da Câmara Setorial da Soja em Londrina
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), representada pelo vice-presidente Ilson Redivo e pelo analista de Agricultura, Alex Rosa, participou nesta terça-feira (19/08), em Londrina (PR), da reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O encontro reuniu representantes do setor produtivo para debater o cenário atual e as perspectivas da sojicultura brasileira.
Na oportunidade, a Famato, por meio de seus representantes, solicitou ao Mapa a reavaliação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). O analista de Agricultura, Alex Rosa, explicou que o ZARC, desenvolvido pela Embrapa em parceria com o Mapa, é um instrumento essencial para o planejamento agrícola e a gestão de riscos no Brasil. Ele indica as melhores épocas de plantio para reduzir riscos climáticos, além de ser requisito fundamental para o acesso ao crédito agrícola e ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).
“O ZARC é uma ferramenta de grande relevância, mas a realidade do campo em Mato Grosso tem mostrado que, em alguns pontos, ele precisa ser atualizado para refletir com maior precisão as condições agroclimáticas e as práticas de manejo adotadas pelos produtores. A Famato encaminhará ofício ao Mapa e à Embrapa oficializando este pedido”, destacou Alex Rosa.
O vice-presidente da Famato, Ilson Redivo, reforçou o papel estratégico do estado na produção nacional e a necessidade de alinhar as políticas públicas à realidade do campo.
“Mato Grosso é líder na produção de soja e referência mundial em eficiência produtiva e sustentabilidade. Por isso, é fundamental que instrumentos como o ZARC estejam em sintonia com a realidade da nossa agricultura. Essa atualização garante mais precisão às decisões do produtor, fortalece a competitividade da cadeia e contribui para que o Brasil continue avançando como protagonista no mercado global”, afirmou Redivo.
Entre os principais temas discutidos estiveram as estimativas da safra 2024/2025 e as projeções para o ciclo seguinte. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção deve atingir 169,6 milhões de toneladas neste ciclo, com crescimento de 8,3% no esmagamento previsto para 2025, impulsionado pelo aumento do percentual de biodiesel aprovado para agosto. Para 2025/2026, a expectativa é de produção recorde entre 175 milhões e 180 milhões de toneladas, caso as condições climáticas sejam favoráveis.
A consultoria Agroconsult também apresentou projeções, prevendo uma área plantada de 48,4 milhões de hectares em 2025/2026, crescimento de 1,3% em relação ao ciclo anterior, com produção estimada em 176,8 milhões de toneladas. A produtividade deve se manter alinhada à média histórica, alcançando 60,9 sacas por hectare.
Outro tema em pauta foram as notificações relacionadas a pragas quarentenárias. O setor produtivo reforçou ao Mapa a necessidade de maior coordenação no enfrentamento do problema, de forma a evitar que o produtor seja penalizado. Também foi ressaltada a necessidade de padronizar processos em toda a cadeia da soja, desde o campo até a exportação, assegurando mais segurança e competitividade ao produto brasileiro.
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