Brasil amplia fronteiras na exportação de nutrição animal, mirando Angola e França
A demanda por alimentos de origem animal de qualidade segue em expansão no mundo, o que tem impulsionado também o mercado de ração e nutrição animal. De acordo com o relatório Alltech Agri-Food Outlook 2025, o Brasil produziu 86,6 milhões de toneladas de ração em 2024, mantendo-se entre os três maiores produtores globais. Além disso, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), houve uma alta de 14% nas exportações de pet food em 2024, reflexo da maior agilidade na emissão de certificados internacionais e do interesse crescente por soluções nutricionais brasileiras.
De acordo com José Ricardo Loschi, fundador da SRX Holdings, que lidera esse trabalho pela Master Nutrição, a personalização é o que abre portas em mercados mais exigentes. “Quando adaptamos a nutrição animal à genética, ao metabolismo e ao manejo de cada rebanho, conseguimos entregar mais eficiência produtiva e valor agregado. Esse diferencial tem sido determinante para conquistar clientes em regiões tão distintas como Angola e França”, afirma.
No continente africano, Angola tem reforçado a importação de insumos agropecuários e subprodutos de cereais, o que cria oportunidades para a entrada de preparações para alimentação animal. Já na França, porta de entrada da União Europeia, o desafio está em atender padrões de qualidade rigorosos, como certificações de boas práticas de fabricação de ração, além de comprovar rastreabilidade e segurança em todo o processo produtivo.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Nutrição Animal (Sindirações), a exportação de preparações para alimentação animal representa uma das frentes mais promissoras para o Brasil diversificar mercados. Produtos de maior valor agregado, como concentrados, núcleos e premixes com aditivos funcionais, têm ganhado espaço justamente por oferecerem rastreabilidade e atenderem demandas específicas de cada território.
Esse movimento de expansão é acompanhado por um esforço regulatório: o mapa tem ampliado a lista de países habilitados para importar nutrição animal brasileira, o que encurta o tempo de acesso a mercados premium. Para players internacionais, a combinação de escala produtiva, qualidade e customização faz do Brasil um fornecedor competitivo e confiável
“O crescimento sustentável da exportação de soluções nutricionais depende de entender a realidade de cada território e entregar exatamente o que cada mercado precisa. Essa combinação de ciência, eficiência e proximidade com o cliente é o que garante a abertura de novas fronteiras e a consolidação de relações comerciais sólidas”, conclui Loschi.
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