Sistema de controle automático para semeadoras diretas

Publicado em 30/03/2010 09:33
Começaram este ano as primeiras ações para criação de um sistema de controle automático para ajuste em tempo real dos componentes de aterramento e compactação de semeadoras diretas. Responsável pelo projeto de aprimoramento da agricultura de precisão, a equipe composta por representantes do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), Universidade de São Paulo, Identech e Jumil Implementos Agrícolas, definiu o cronograma no início de março.

De acordo com Augusto Guilherme de Araújo, pesquisador do IAPAR, mesmo com a grande diversidade de maquinários produzidos no Brasil, a qualidade da semeadura ainda está muito aquém das expectativas. Ele explica que as regulagens dos componentes de uma semeadora dependem das condições do solo e da palha disponíveis.

— O que se vê ainda é um processo inadequado e de baixa qualidade. O produtor normalmente regula a máquina na cabeceira de uma curva e faz o plantio de toda aquela área com a mesma regulagem. Porém, as condições de palha e solo variam ao longo desse campo. A ideia é que esse sistema possa corrigir mesmo que parcialmente a necessidade de alterar essas regulagens durante a implantação da cultura. A semeadora teria um sistema autorregulador para se adaptar às variações naturais do terreno — menciona.

A ideia é que o processo seja feito em tempo real, de modo que que o sistema de sensoreamento identifique a alteração da superfície, adequando o ângulo da roda de aterramento e a pressão das rodas compactadoras. Com a redução dos prejuízos, a melhoria da operação de semeadura direta terá efeito positivo na produção das culturas. Além dos benefícios econômicos, o sistema devolverá a cobertura ao sulco de plantio. Apesar da boa quantidade de palha disponível nas lavouras nacionais, a atuação das máquinas retira a palha, expondo as linhas de cultivo à erosão.
Implementados no Paraná, os experimentos começarão pela modelagem matemática, que dará origem à montagem de todo o sistema de controle. O intuito é criar modelos simples que relacionem todas as variáveis de solo, palha e máquina em três ambientes diferentes. A experiência contemplará as culturas do milho e da soja.

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Fonte:
Jornal Entreposto

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