Produtores baianos de algodão reforçam compromisso com a sustentabilidade na safra 2019/2020

Publicado em 13/08/2020 17:26
A Bahia registra um aumento de 21% de unidades certificadas pelo Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR)

Os produtores baianos de algodão, provam que estão fazendo o dever de casa em quesitos importantes como o da sustentabilidade. Com o fechamento da safra 2019/2020, o Programa Brasileiro Responsável (ABR), que certifica a fibra dentro de rigorosos padrões internacionais, registrou um recorde na produção de algodão certificado na Bahia, alcançando mais de 487 mil toneladas de pluma provenientes de fazendas aprovadas pelo programa ABR e licenciadas pelo protocolo Better Cotton Initiative (BCI). Na região Oeste, pólo produtor no Estado, as unidades certificadas pelo programa passaram de 66, na safra anterior, para 80 na atual, contabilizando um aumento de 21% e um total de 245.219 hectares certificados como algodão sustentável.

De acordo com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), os agricultores estão conscientes em relação aos novos padrões de consumo e produção estabelecidos pelo mercado mundial, o que fortalece um modelo sustentável nesse cenário. Trata-se, de acordo com a Abapa, de uma nova diretriz não só para a cadeia produtiva do algodão, mas aplicável a todos os demais setores, alicerçada principalmente, nos princípios da dignidade humana, relações justas de trabalho e a interação entre a capacidade produtiva e o meio ambiente. E, apesar da safra 2019/2020 ter sido marcada pela redução de cerca de 5% na área plantada de algodão no estado, a cotonicultura baiana mostrou elevação em sua produtividade.

“A safra 2019/2020, foi repleta de situações adversas. Devido a pandemia de Covid -19, houve a necessidade de se alterar a modalidade de auditoria para que não se cancelasse as atividades do projeto, e não prejudicasse aqueles que já estavam com seus compromissos firmados com a pluma certificada”, explica a coordenadora de sustentabilidade da Abapa, Bárbara Bomfim. Já o presidente da associação, Júlio Cézar Busato reforça que apesar de todos esses novos desafios enfrentados pelos agricultores baianos, a adesão ao ABR foi satisfatória e o nível de conformidade demonstrado após processo de auditoria, altíssimo. “Obtivemos um crescimento de mais de 2% na área certificada na região Oeste, o que demonstra que o programa tem muito a crescer e contribuir para a propagação das boas práticas relacionadas a sustentabilidade. Mas, principalmente, que nossos agricultores estão comprometidos em produzir cada vez mais, em menores áreas e em conformidade com todos os critérios exigidos pelo programa”, avalia Busato.

O Programa ABR tem como alicerce o incremento progressivo das boas práticas sociais, ambientais e econômicas nas unidades produtivas de algodão na Bahia e em todo o Brasil, por meio das entidades ligadas à Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Segundo maior produtor de algodão do Brasil, a Bahia já colheu 50% da área total nesta safra 2019/2020, com previsão de uma produtividade de 300 arrobas de fibra/hectare em uma área total de 313.566 mil hectares. A produção estimada é de 1,5 milhão de toneladas de algodão (fibra e caroço). Cerca de 40% do algodão baiano é exportado para países asiáticos, como Indonésia, Bangladesh e Vietnã, e 60% é comercializado para as indústrias têxteis no Brasil. A Bahia contribui com a participação de 25% da safra nacional, sendo considerada a área agrícola com a maior produtividade de algodão não irrigado do mundo.

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Abapa

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