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AMIPA testa aspiradores mecânicos no combate ao bicudo do algodoeiro

Publicado em 22/02/2021 13:17

O bicudo-do-algodoeiro é uma das pragas mais devastadoras para a produção do algodão. Na década de 1990, por exemplo, a infestação na região norte de Minas Gerais inviabilizou por anos a produção da fibra no local e obrigou os pequenos agricultores a buscarem outras formas de subsistência.

O problema do bicudo é que ele ataca o botão floral do algodão, colocando sua larva dentro dele. Este botão cai, mas a larva não morre, mesmo com uso de defensivos. Daí nascem novos bicudos que voltam a infestar a lavoura e, com isso, a produção vai diminuindo, pois as estruturas reprodutivas da planta vão sendo destruídas.

Zelando pelo seu papel de apoiar o produtor associado na busca por estratégias eficazes para expandir a cotonicultura mineira de forma sustentável e rentável, a Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa) está testando uma nova ferramenta para combater esta praga a partir do seu próprio ciclo de reprodução. A ideia é usar sopradores/aspiradores, já existentes no mercado, para retirar de dentro da lavoura de algodão os botões florais atacados pelo bicudo, evitando a reinfestação da praga, e, por consequência, reduzindo as pulverizações com químicos.

O projeto está sendo testado desde o ano passado, quando a Amipa adquiriu sopradores da marca Husqvarna para uso nas áreas de produção da agricultura familiar. Os resultados têm sido bastante promissores e o próximo passo será buscar a validação científica para esta nova técnica de combate ao bicudo-do-algodoeiro. Para avançar com o projeto piloto, foram adquiridos mais dez equipamentos para expandir as áreas de experimentação que serão monitoradas pelos técnicos da Cooperativa dos Produtores Rurais de Catuti (Coopercat), com acompanhamento de resultados pela Amipa.

Os investimentos financeiros para implementar esse projeto partiram da parceria da Amipa com o Fundo de Desenvolvimento da Cotonicultura no Estado de Minas Gerais (Fundo Algominas), com a aprovação do Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas), apoiadores fundamentais da Associação no desenvolvimento de ações estratégicas para o fomento da cotonicultura no estado.

Recentemente foi consolidado um convênio de parceria entre a Amipa e a Universidade Federal de Viçosa (UFV), campus Rio Paranaíba, para realização de pesquisa para avaliar o equipamento, que será coordenada pelo doutor e professor da UFV, Flávio Lemes Fernandes. A pesquisa também conta com o apoio da empresa FMC, indústria química multinacional que apoia ações de sustentabilidade na cotonicultura familiar.

Segundo o professor Flávio Fernandes, já foi elaborado um delineamento estatístico para mostrar o efeito desse equipamento, avaliar sua eficiência e quantificar o quanto ele contribui para o manejo do bicudo. Os testes foram iniciados no mês de janeiro e ocorrem na fazenda experimental da Amipa, localizada em Patos de Minas/MG, com previsão de finalização em maio. Comprovada a eficácia, a ideia é publicar um artigo em revista científica, com a análise estatística, para dar respaldo científico à técnica.

Segundo Lício Pena, diretor-executivo da Amipa e um dos idealizadores do projeto, “a Associação está testando novas tecnologias para apoiar o pequeno produtor no combate a praga do bicudo-do-algodoeiro. Outras tecnologias, como o uso do drone para pulverizações em baixo volume de calda e de atomizadores costais, também estão na mira da entidade como ferramentas para o controle do bicudo na agricultura familiar”. Paralelamente, a Associação através de sua filial tecnológica Fábrica de Produtos Biológicos (Biofábrica), pesquisa agentes biológicos para o controle do inseto, visando sempre um manejo equilibrado de pragas e doenças na cotonicultura.

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Fonte:
Amipa

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