Abapa concluiu reuniões do seu Abapa Conecta em 2025, intensificando a batalha contra o “bicudo”

Publicado em 11/12/2025 09:40

Na última semana, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) encerrou a temporada de seis encontros regionais do Abapa Conecta. A iniciativa, implementada em novembro último, o mais novo canal de interação direta entre a entidade e seus associados, tem como objetivo ampliar o fluxo de informações entre os Núcleos de Produtores (NP) regionais, amplificando o alcance das diversas iniciativas da Abapa, sobretudo as que envolvem a defesa fitossanitária, especialmente no combate à praga bicudo-do-algodoeiro. Ao longo das reuniões, cerca de 170 cotonicultores participaram, além de técnicos e gestores de fazendas. O fechamento do ciclo ocorreu no Núcleo Rio Grande, que abrange as microrregiões de Rio Grande, Rosário, Correntina e Jaborandi. Uma nova rodada está marcada para 2026.

A cada encontro, o Abapa Conecta leva a campo equipes técnicas das áreas de Qualidade, Sustentabilidade, Defesa Fitossanitária, Capacitação e Educação. Elas apresentam resultados, como análises da safra, dados atualizados da produção e alertas técnicos, em um espaço aberto para conversas sobre os desafios que impactam diretamente o dia a dia da cotonicultura baiana.

Território redefinido

Nesta edição, a nova estrutura dos Núcleos Produtivos (NP) foi detalhada. Dividir o mapa da produção no estado da Bahia em núcleos foi a forma instituída pela associação, através do seu Programa Fitossanitário, para impulsionar as ações de combate e controle às pragas e doenças do algodoeiro, em especial, ao “bicudo”, que desde os anos de 1980, é o pior inimigo das lavouras brasileiras de algodão. Até então, o Programa Fito contava com 18 núcleos, sendo 15 no Oeste da Bahia e três no Sudoeste. Com a reestruturação, eles passaram a ser sete: seis no Oeste e um no Sudoeste, tendo como base a proximidade geográfica e as características produtivas de cada região.

Para a presidente da Abapa, Alessandra Zanotto Costa, o redesenho é positivo e o “corpo a corpo” com o produtor, essencial. “O associado está no centro de tudo o que fazemos, portanto, nada pode ser mais efetivo do que ouvi-lo. O Abapa Conecta leva nossas equipes ao campo para entender as demandas, além de explicar as iniciativas da associação e os seus resultados, para que, juntos, possamos construir soluções conjuntas”, esclarece.

Intercâmbio

O produtor César Busato, da região de Rosário, enfatizou o acerto da proposta. “É no núcleo que debatemos, de maneira clara, os problemas das microrregiões. O que acontece na minha fazenda afeta a do vizinho, e vice-versa. Por isso, precisamos trabalhar juntos, principalmente, no combate ao bicudo. Se não atuarmos de forma regional, a luta será perdida, e pode até inviabilizar a produção em alguns locais”, afirmou.

Cada um dos sete NP tem um líder responsável por articular encontros locais ao longo da safra, fortalecendo o intercâmbio de informações entre as propriedades. Esse movimento também foi destacado pelo associado Ricardo Neves, da fazenda São José, em Correntina. “Na reunião, pensamos na melhoria do algodão na nossa região, debatemos problemas e buscamos soluções. Gostei muito do novo modelo dos encontros, com a participação do Laboratório de Análise de Fibra, que trouxe informações fundamentais. Esse retorno no fim da safra, somado às orientações fitossanitárias, é essencial para o que vem pela frente”, concluiu.

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Fonte:
ABAPA

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