Biodiesel: Posicionamento da ABIOVE sobre desabastecimento e preço

Publicado em 26/06/2020 15:14 e atualizado em 28/06/2020 13:59

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) lamenta a forma como o setor de distribuição de combustíveis está lidando com o cenário atual relacionado ao fornecimento de biodiesel. São infundadas as alegações de que o biodiesel está elevando os preços do diesel ao consumidor, ou causando qualquer tipo de desabastecimento.

Todas as questões envolvendo a redução na disponibilidade de biodiesel ao longo do mês de junho e o aumento no preço no Leilões 73 e 74, com entregas em julho e agosto, e 22 a 30 de junho, respectivamente, são resultado de mudanças nas regras do Leilão 72, realizadas por pressão do setor de distribuição, que agora trabalha para atribuir a responsabilidade pelos problemas ao setor de biodiesel.

Devido à baixa procura por parte das distribuidoras, os preços médios ponderados de venda do biodiesel no L72/L74 tiveram baixa de 5,1% em relação ao leilão anterior, obrigando os produtores de óleo vegetal a buscarem outros mercados para o produto. A subestimação da demanda por diesel estimada pelas distribuidoras nos meses de maio e junho resultaram em compras insuficientes no certame, obrigando a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biodiesel (ANP) a realizar um leilão complementar (L74). Nesse leilão, houve uma substancial recuperação de preços de biodiesel. No entanto, esse leilão alcança apenas 9 dias de comercialização (22 a 30 de junho), não produzindo efeitos nos preços do diesel ao consumidor. Se está havendo aumento de preços de diesel ao consumidor, isso se deve às elevações praticadas pela Petrobrás, bem como por uma expectativa das distribuidoras de normalização dos preços do biodiesel a partir de julho.

Vale observar também que o preço do biodiesel é estável por dois meses, à medida que sua comercialização acontece por meio de leilões públicos, garantindo previsibilidade para o mercado consumidor, enquanto o preço do diesel flutua de acordo com crises nos principais países produtores, especialmente Oriente Médio. Avaliando os preços das entregas de junho, por exemplo, os preços do biodiesel estão 5,1% mais baratos, enquanto os do diesel A subiram 12,8%, conforme gráfico anexo. 

A ABIOVE reforça ainda que essa postura especulativa das distribuidoras favorece a importação de diesel, um combustível poluente e que gera empregos e renda no exterior, enquanto o Brasil passa a sua mais grave crise econômica.

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Fonte:
Abiove

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