Faturamento das lavouras dos Cafés do Brasil atinge R$ 40,12 bilhões em 2021
O Valor Bruto da Produção (VBP) dos Cafés do Brasil, que corresponde ao faturamento total das lavouras cafeeiras, tanto da espécie de café arábica como de conilon, atingiu a cifra de R$ 40,12 bilhões em 2021. Neste contexto, o café conilon, com receita estimada de R$ 9,34 bilhões representou 23,3% desse faturamento; e o café arábica, que atingiu R$ 30,78 bilhões, correspondeu a 76,7% do total. Com base nesses números, verifica-se que a cafeicultura, participa com aproximadamente 5,3% do faturamento total das lavouras brasileiras, que foi de R$ 756 bilhões, o que coloca o setor do café em quarto lugar no ranking do VBP.
O cálculo do faturamento bruto, especificamente para as lavouras, contempla 17 produtos agrícolas e considera os preços médios recebidos pelos produtores rurais, o qual totalizou, conforme mencionado anteriormente, R$ 756 bilhões neste ano de 2021. Assim, um ranking dos cinco produtos agrícolas que apresentaram o maior faturamento bruto, em ordem decrescente, denota o seguinte: soja, em primeiro lugar, figura com R$ 361,44 bilhões, que correspondem a 47,8% do total; em segundo, milho – R$ 124,78 bilhões (16,5%); cana-de-açúcar, em terceiro – R$ 85,44 bilhões (11,3%); café, conforme citado, ocupa o quarto lugar, com R$ 40,12 bilhões (5,3%); e, em quinto lugar, o algodão, com R$ 26,95 bilhões, montante que representa 3,5% do VBP das lavouras brasileiras.
Com relação à produção total dos Cafés do Brasil em 2021, incluindo as duas espécies (arábica e conilon), o volume físico apresentou uma queda de 25,7% em relação ao ano passado e atingiu o equivalente a 46,87 milhões de sacas de 60kg, que foram produzidas em uma área de 1,8 milhão de hectares. A produção de café arábica foi responsável por 65,6% do total da produção brasileira com 30,73 milhões de sacas, número que representa uma diminuição de 37% se comparado a 2020. Enquanto que a produção de café conilon, com um aumento de 12,8% em relação ao ano passado, atingiu 16,15 milhões de sacas, volume físico em sacas que representa 34,4% de todo café produzido no Brasil em 2021.
Ao analisar exclusivamente os cafés da espécie arábica, verifica-se que a respectiva área em produção diminuiu 5,9%, a qual ocupa neste ano 1,42 milhão de hectares, com produtividade média de 21,6 sacas por hectare. Se comparados com a safra anterior, tais números representam um decréscimo de 37% na produção e de 33% na produtividade do café arábica, em decorrência principalmente fator da bienalidade dessa espécie de café, que alterna produção menor em um ano com safra maior no ano seguinte.
Quanto à produção dos cafés da espécie conilon, se for feita esta mesma análise comparativa, abordando a área em produção e a produtividade da safra 2021, em comparação com os dados de 2020, contata-se que a área em produção aumentou 2% e, assim, conta atualmente com 376,3 mil hectares e produtividade média de 42,9 sacas por hectare, performance que indica um aumento de 10,6% em relação à produtividade média dos cafés da espécie conilon do ano-cafeeiro anterior.
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