Rabobank estima queda de 2% no volume exportado de carne bovina em 2021, mas prevê uma recuperação de 1% nas vendas externas em 2022

Publicado em 10/11/2021 11:30

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Devido à suspensão temporária dos embarques para a China, o Rabobank estima que o volume exportado de carne bovina tenha uma redução de 2 % neste ano de 2021, em comparação com o ano anterior. No entanto, a perspectiva para 2022, é que os embarques de carne bovina tenham uma ligeira recuperação de 1% nas vendas externas.

A suspensão dos embarques para a China desde 4 de setembro, após a confirmação de dois casos atípicos de EEB, acabou deixando compradores chineses fora das compras por carne bovina. “Os dados de outubro indicam queda de 49 % nos embarques totais com relação ao mês anterior, com a China reduzindo as compras em 93 % no mesmo período. Apesar das expectativas para o retorno em breve sejam ainda positivas, os impactos nas quedas dos preços do boi gordo têm sido significativos”, informou o banco holandês. 

No acumulado de janeiro a outubro de 2021, a China ainda segue como maior destino, seguidos por Hong Kong e os Estados Unidos. Juntos, esses três mercados representam 63% de todas as vendas externas. “Novas oportunidades também podem surgir com os Estados Unidos, que nos dados até outubro aumentaram em 86% das compras do Brasil e com as expectativas de Real mais desvalorizado pode ganhar ainda mais competitividade neste mercado”, destacou o analista de proteína animal do Rabobank, Wagner Hiroshi Yanaguizawa. 

No médio prazo, as expectativas são de incremento nas importações de carne bovina por parte da China. “Com as mudanças nos hábitos de consumo durante o período da pandemia tem elevado o consumo de carne bovina e projetando um cenário de crescimento limitado da produção local, a única alternativa é aumentar as compras externas. E nesse sentido o Brasil está bem - posicionado no mercado chinês”, reportou o Rabobank. 

Novas oportunidades também podem surgir com os Estados Unidos, que nos dados até outubro aumentaram em 86 % das compras do Brasil e com as expectativas de Real mais desvalorizado pode ganhar ainda mais competitividade neste mercado. A produção de proteína animal  está sendo impactada pela falta de mão de obra nas indútrias frigorificas dos Estados Unidos e Europa e isso deve estimular os compradores a investir na proteína brasileira. 

O Rabobank estima que a recuperação da economia nacional e global com o avanço da vacinação contra a Covid-19, os riscos climáticos para produção de grãos e pastagens (La Niña), novas projeções de câmbio mais desvalorizado, lançamento do novo pacote de ajuda financeira, demanda chinesa e as eleições devem guiar o mercado pecuário no próximo ano. 

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Por:
Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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