Com embarques para a China travados, exportação de carne bovina caiu pela metade em novembro
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De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, divulgadas nesta quarta-feira (1), as exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada caíram pela metade em comparação a novembro do ano passado.
Segundo o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o desempenho foi muito fraco, mas já era esperado devido ao imbróglio com a China, após a detecção de dois casos de doença da vaca louca atípica no início de setembro. As exportações das carnes de animais abatidos após 4 de setembro seguem embargadas.
"Enquanto esdse embargo continuar, não vai ter avanço dos embarques. Não há uma perspectiva de melhora. No mercado doméstico a gente viu uma recuperação surreal, muitas negociações acontecendo, mercado firme mas alcançando um teto. A sensação que fica é de desperdício, porque basicamente, se a China estivesse presente no mercado, essa alta de preço no Brasil estaria mais consistente do que ela já é", afirmou.
Para o sócio da Radar Investimentos, Douglas Coelho, o comparativo do resultado de novembro com outubro não teve tanta diferença, mas a relação com novembro de 2020 foi considerada como "lastimável" pelo especialista.
"Historicamente, entre julho a setembro, a China importa grandes volumes, e depois, até janeiro, diminuem. Então mesmo que amanhã venha uma notícia de que a China vai voltar a importar carne bovina brasileira, possivelmente eles não vão levar volumes relevantes", afirmou.
A receita obtida com as exportações de de carne de frango em novembro, US$ 399.576,11 representa 54,1% do montante obtido em todo novembro de 2020, que foi de US$ 738.492,054. No caso do volume embarcado, as 81.174,383 toneladas foram 48,3% do total exportado em novembro do ano passado, quantia de 167.736,565 toneladas.
O faturamento por média diária no mês de novembro, US$ 21.030,321, foi 43,05% menor do que novembro do ano passado. Em comparação à semana anterior, houve queda de 13%.
No caso das toneladas por média diária, foram 4.272,335, houve baixa de 49,06% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. Quando comparado ao resultado para o quesito na semana anterior, observa-se retração de 12,7%.
Já o preço pago por tonelada, US$ 4922,440 em novembro, é 11,81% superior ao praticado em novembro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa leve queda de 0,19%.
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