Rabobank aponta que as exportações de carne bovina podem ter um novo recorde no volume e no faturamento do setor no segundo semestre de 2022

Publicado em 30/06/2022 11:14
O banco projeta um crescimento de cerca de 10% nos embarques com relação a 2021.

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O Banco Holandês indicou que as exportações de carne bovina devem ter bons ritmos embarcados no segundo semestre de 2022, principalmente pelas vendas aquecidas para a China, Estados Unidos, Egito e Emirados Árabes. O banco projeta um crescimento de cerca de 10% nos embarques com relação a 2021. 

O mercado chinês deve se manter como o maior destino da carne bovina brasileira, elevando a participação para 49% do total embarcado com 437 mil toneladas compradas até maio/22. O aumento é de 38% com relação ao mesmo período do ano anterior, conforme apontou o Rabobank. 

Em seguida vem os Estados Unidos, representando 8% do total exportado e somando 71 mil toneladas no mesmo período, alta de 110% no comparativo anual. Com isso, as exportações somaram 887 mil toneladas em volume e USD 5 bilhões em faturamento, aumento de 25% e 56%, respectivamente, no comparativo anual. 

Ainda de acordo com o banco holãndes, o cenário de dicotomia entre demanda interna e externa tem elevado o peso das exportações na precificação do boi gordo, somado ao período de entressafra de produção e ao maior interesse dos frigoríficos exportadores por novos lotes de gado, os preços que estavam em queda desde abril já começam a dar sinais de recuperação. 

Apesar dos preços futuros mostrando recuperação para o segundo semestre e se aproximando dos R$ 338,00/@, a pressão nas margens do confinamento acabou desestimulando os pecuaristas a investir no primeiro giro e isso reforça que os preços devem seguir sustentados no terceiro trimestre deste ano, caso não ocorram embargos mais severos as exportações.

Reposição

Os preços do bezerro se mantêm em queda contínua desde janeiro/2022, acumulando desvalorização de 6% com relação a maio/2022. No entanto,  os preços da ração, apesar da melhora nas cotações nos dois últimos meses, ainda se mantêm com alta real de 7% no comparativo anual. “O volume importante de fêmeas abatidas nessa primeira metade do ano tem reforçado a tendência de inversão do ciclo pecuário. Os preços ainda sustentados da ração também devem favorecer a demanda pela carne bovina em comparação com as carnes de frango e suína”, informou o Rabobank.

Com relação ao consumo doméstico no curto prazo, as campanhas eleitorais e a Copa do Mundo de futebol devem ser fatores positivos para a demanda interna.

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Por:
Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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