Projeto cria categoria de motorista autônomo para transporte de animais vivos
O Projeto de Lei 2820/22, do deputado Zé Vitor (PL-MG), cria uma nova categoria de transportador, o Motorista Profissional Autônomo (MPA), que poderá realizar contrato de parceria com empresas transportadoras (as ETCs) para o transporte de animais vivos. O texto tramita na Câmara dos Deputados.
A proposta define as regras para ser MPA (experiência mínima de dois anos ou aprovação em curso específico) e para o contrato de parceria, além de condições de trabalho (permissão de até sete horas ininterruptas durante o dia, seguindo por uma hora de descanso) e as obrigações da ETC-parceira.
O contrato deverá ter, obrigatoriamente, cláusulas sobre responsabilidades das partes com relação à manutenção do veículo; remuneração do MPA-parceiro, com garantia mínima de dois salários-base estabelecidos pelo sindicato da categoria; e a possibilidade de rescisão unilateral do contrato, entre outras.
O MPA-parceiros poderão ser qualificados como micro, pequenos empresários ou microempreendedores individuais. A ETC-parceira será responsável pela centralização dos recebimentos dos fretes, realizando a divisão entre as partes. A cota-parte do MPA não será considerada receita bruta da parceira.
Ainda conforme o texto, caberá à ETC-parceira a preservação e a manutenção das adequadas condições de trabalho do parceiro.
Inspiração
O projeto altera a Lei 11.442/07, que trata das regras sobre o Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) realizado por terceiros, e o Código de Trânsito Brasileiro.
O autor afirma que a proposta, uma demanda do setor agropecuário, é inspirada na Lei 13.352/16, que regularizou a relação entre salões e cabeleireiros, barbeiros e manicures, permitindo a esses profissionais o uso do local e dos equipamentos para a prestação de serviços aos clientes.
“Com base nessa experiência exitosa, pensamos que o contrato de parceria aplicado em moldes similares à atividade de transporte de cargas fixas trará para o motorista autônomo o aporte de veículos e equipamentos necessários ao serviço, além da garantia das condições de trabalho e de remuneração”, diz Zé Vitor.
“Para a ETC, tal contrato garante a possibilidade do cumprimento de todas as exigências legais aplicáveis ao transporte de carga viva, com segurança jurídica”, completa o deputado.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
0 comentário
Receita com exportação de carne bovina do Brasil deve crescer 37% em 2025, prevê Abrafrigo
Exportações de carne bovina crescem 50% em novembro e sinalizam recorde histórico para o ano, diz Abrafrigo
Scot Consultoria: Mercado do boi gordo está estável em São Paulo
Abate de fêmeas pode contribuir para elevação do valor da arroba do boi em 2026
Paraná será responsável pelo banco brasileiro de antígenos e vacinas contra febre aftosa
Scot Consultoria: Estabilidade nas praças paulistas