​Fluxo de exportação de sebo aumenta com demanda externa por matéria-prima renovável

Publicado em 18/08/2023 14:45
  • A exportação de sebo bovino brasileiro deve continuar crescendo e passar de 100.000t neste ano, estimulada pela demanda do mercado internacional, especialmente Estados Unidos, consolidando uma diversificação de interesse pela gordura animal. A tendência já motiva fornecedores e operadores logísticos a investir em tancagem. O total embarcado no mesmo período em 2022 foi de 81.000t, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
  • Com uma produção anual que gira entre 1,3-1,5 milhão de toneladas de sebo bovino, o Brasil está exportando cerca de 6 pc da sua oferta e destinando em torno de 35pc como matéria-prima para biodiesel. O restante é dividido entre os setores de higiene e limpeza, indústria de alimentação animal e pet food.
  • Os EUA são o primeiro importador, refletindo a demanda local dos mercados de biodiesel e de óleo vegetal hidratado (HVO, na sigla em inglês, também conhecido como diesel verde), sob incentivo de programas governamentais, como o RFS e Padrão de Combustível de Baixa Emissão de Carbono da Califórnia (LCFS, na sigla em inglês), e o pacote climático do governo Joe Biden que passaram a premiar a molécula renovável no mercado norte-americano. Além dos EUA, China, Malásia, Egito e África do Sul figuram dentre os principais destinos do sebo brasileiro, que atualmente é exportado para 58 países.
  • Grandes e médios frigoríficos têm procurado a Certificação Internacional em Sustentabilidade e Carbono (ISCC, na sigla em inglês), que permite uma precificação mais elevada da matéria-prima para os mercados de óleo vegetal hidratado (HVO, na sigla em inglês, também conhecido como diesel verde) e combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês).
  • O saldo comercial positivo consolida a posição do Brasil como exportador líquido de gordura animal. Historicamente, o país era importador líquido de sebo, uma vez que o setor de reciclagem animal focava em produzir farinhas de origem animal, ao invés da gordura, que é consumida, majoritariamente, pelos mercados de biodiesel e higiene e limpeza.
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Fonte:
Imprensa da Argus

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