Hungria sugere que "ataque biológico" pode ser origem de foco de febre aftosa
Por Anita Komuves e Krisztina Fenyo
BUDAPEST/RAJKA, HUNGRIA (Reuters) - A Hungria sugeriu nesta quinta-feira um "ataque biológico" como possível fonte do primeiro foco de febre aftosa do país em mais de meio século, o que provocou o fechamento de fronteiras e o abate em massa de gado no noroeste do país.
A Hungria registrou o primeiro caso de febre aftosa em mais de 50 anos em uma fazenda de gado no noroeste do país, perto da fronteira com a Áustria e a Eslováquia, no mês passado, informou a Organização Mundial de Saúde Animal, citando autoridades húngaras.
As autoridades de saúde animal fizeram verificações em quase 1.000 fazendas na Hungria até quinta-feira, sendo que apenas quatro na região noroeste afetada apresentaram resultados positivos.
"Nesse estágio, podemos dizer que não se pode descartar a possibilidade de o vírus não ser de origem natural; podemos estar lidando com um vírus criado artificialmente", disse o chefe de gabinete do primeiro-ministro Viktor Orban, Gergely Gulyas, em uma coletiva de imprensa.
Em resposta a uma pergunta, Gulyas disse que não podia descartar que o surto do vírus fosse resultado de um ataque biológico, sem dar informações sobre quem poderia ser o responsável.
Ele também disse que a suspeita se baseava em informações verbais recebidas de um laboratório estrangeiro e que suas descobertas ainda não haviam sido totalmente comprovadas e documentadas.
O rebanho de gado da Hungria era de 861.000 cabeças com base em um censo em dezembro, pouco alterado em relação aos níveis do ano anterior. Isso constituía 1,2% do total da União Europeia, segundo estatísticas oficiais.
A febre aftosa não representa perigo para os seres humanos, mas causa febre e feridas na boca de ruminantes com cascos fendidos, como bovinos, suínos, ovinos e caprinos, e os surtos geralmente levam a restrições comerciais.
Milhares de cabeças de gado tiveram que ser abatidas enquanto o país sem litoral tentava conter o surto, enquanto a Áustria e a Eslováquia fecharam dezenas de passagens de fronteira, depois que a doença também apareceu na parte sul da Eslováquia.
"Todos estavam ali, chorando e dizendo que isso não podia ser verdade, que era impossível", disse Paul Meixner, cidadão austríaco-húngaro com dupla nacionalidade, proprietário de uma das fazendas afetadas na Hungria.
Embora sua empresa tenha sofrido um prejuízo de 1,5 bilhão de forints (US$4,09 milhões) após o abate de 3.000 cabeças de gado e outros animais, Meixner prometeu reconstruir o rebanho.
"Em duas semanas, começaremos a colher e armazenar o feno", disse ele. "Precisamos da forragem para o próximo ano."
1 comentário

Exportações de carne bovina devem crescer com foco na abertura de mercado para países da Ásia

Arroba do boi deve seguir pressionada nos próximos 40 dias e piso de R$300 em SP pode ser rompido

Pressão na arroba deve seguir até junho e cotações podem perder a referência dos R$300 em SP

Scot Consultoria: Cotação do boi gordo cai novamente em São Paulo

Acrimat orienta criadores sobre como se preparar para a seca em Mato Grosso

Embarques de carne bovina até a 3ª semana de maio registram elevação de 25,9% na arrecadação por média diária
Joao Carlos Vilaca Recife - PE
"A febre aftosa não representa perigo para os seres humanos, mas causa febre e feridas na boca de ruminantes com cascos fendidos, como bovinos, suínos, " Suino podem pegar febre aftosa mais nao e um ruminante, como a materia faz entender!