Governador reforça pedido para abertura de mercado de carne bovina para autoridades japonesas e embaixada brasileira
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, esteve nesta quarta-feira, 18, em duas agendas estratégicas em Tóquio: no Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão (MAFF) e na Embaixada do Brasil. Nas duas visitas, acompanhado pela missão catarinense, o governador reforçou o apelo para que Santa Catarina seja o primeiro estado brasileiro autorizado a exportar carne bovina ao mercado japonês. Antes, no SC Day, havia apresentado a investidores o potencial catarinense para exportar carne bovina para o Japão.
Durante os encontros, Jorginho Mello destacou que Santa Catarina já é o único estado brasileiro habilitado a vender carne suína ao Japão, justamente pelo alto padrão de controle sanitário adotado. Ele relembrou que o estado já recebeu missões técnicas japonesas para vistorias e auditorias sanitárias, o que garante um diferencial competitivo.
“Santa Catarina está pronta para exportar carne bovina ao Japão. Já temos um histórico de excelência na venda de carne suína e queremos ampliar essa relação comercial”, afirmou o governador.
A missão reforça o interesse catarinense em expandir mercados e fortalecer a agroindústria local, aproveitando o reconhecimento internacional já conquistado pelo setor produtivo do estado.
Além disso foi assinado um protocolo de intenções entre o Governo do Estado e a empresa japonesa Marubeni para novos investimentos no Porto de São Francisco do Sul. “É um porto do Estado e aqui foi assinado este protocolo para novos investimentos, que vão fazer com que a produtividade deste porto aumente muito nos próximos anos. Significa investimentos de milhões de dólares e, ao mesmo tempo, oportunidade de emprego e renda para o catarinense. O governador Jorginho Mello tem colocado isso com muita força e de uma forma muito clara. Nós queremos exportar para o mundo a nossa proteína animal, mas precisamos de investimentos em infraestrutura, sejam elas ferroviárias, rodoviárias e portos”, explicou o secretário de Articulação Internacional, Paulo Bornhausen.
EXCELÊNCIA SANITÁRIA APRESENTADA NO MINISTÉRIO
A excelência da Defesa Sanitária de Santa Catarina, reconhecida internacionalmente, foi decisiva para conquistar o exigente mercado japonês — um dos maiores consumidores globais de carne de frango e suína. Agora, os esforços do governo catarinense se concentram na abertura do mercado japonês para a carne bovina produzida no Estado.
Durante o encontro no Ministério da Agricultura, o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini e a presidente da Cidasc, Celles Regina de Mattos, tiveram a oportunidade de apresentar os diferenciais sanitários do Estado e destacaram a relação de confiança construída com o país asiático.
“As relações comerciais com o Japão são resultado de confiança mútua, compromisso com a qualidade e pioneirismo sanitário. Reafirmamos nosso trabalho para ampliar a presença catarinense no mercado japonês, agora com a carne bovina. Santa Catarina é referência no cuidado com a saúde animal e na transparência da cadeia produtiva, do campo à mesa”, destacou o secretário Chiodini.
Santa Catarina exporta carne de frango para o Japão desde 1989. Em 2013 foi autorizada a exportar carne suína in natura ao Japão, com o embarque da primeira carga. A presença catarinense no mercado japonês só cresce: em 2024, o Japão foi o principal destino das exportações de carne de frango do Estado, com embarque de 148,4 mil toneladas, gerando receitas de US$ 283,8 milhões. Foi o terceiro maior importador da carne suína catarinense, com 93,4 mil toneladas e receitas de US$ 312,4 milhões.
“O controle sanitário e a qualidade da carne de suíno e de aves que entregamos ao Japão, abrem as portas comerciais para o setor de carne bovina. Temos qualidade, competitividade e a relação de confiança na sanidade do plantel catarinense. O novilho precoce é o grande atrativo que alia qualidade, sustentabilidade e sanidade”, afirmou Celles.
CONTROLE E RASTREABILIDADE GARANTEM A SANIDADE ANIMAL
Referência nacional e internacional em sanidade animal, Santa Catarina é, desde 2007, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como zona livre de febre aftosa sem vacinação — sendo o primeiro estado brasileiro a obter esse status. Em 2015, o Estado também conquistou o reconhecimento como zona livre de peste suína clássica.
No setor bovino, Santa Catarina se destaca por ter a menor prevalência de tuberculose e brucelose em rebanhos bovinos do Brasil. É também o único estado brasileiro com identificação individual de 100% do rebanho bovino. Esse controle é garantido pelo Sistema de Identificação e Rastreabilidade de Bovinos e Bubalinos de Santa Catarina (SRBOV-SC), implantado em 2008, o que reforça a rastreabilidade e a segurança alimentar.
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