Com dólar acima de R$ 5,40 e demanda firme da China, embarques de carne bovina avançam 13,9% na média diária até segunda semana de outubro/25
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Até a segunda semana de outubro/25, os embarques de carne bovina in natura, fresca e congelada alcançaram 111,9 mil toneladas, conforme reportou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta segunda-feira (13). No ano passado, o volume exportado alcançou 270,2 mil toneladas.
Já com relação à média diária exportada, a média diária ficou próxima de 13,9 mil toneladas e teve um avanço de 13,9% frente a média diária do ano anterior, que ficou em 12,2 mil toneladas.
De acordo com as informações do Analista de Mercado da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o resultado tem se mostrado muito satisfatório e o mercado está cada vez mais demandado. “O desempenho é espetacular e os números que o Brasil está conquistando ao longo desse ano são impressionantes”, informou ao Notícias Agrícolas.
Segundo o Ceepa, a China e Hong Kong são os grandes protagonistas, respondendo por 56,7% do total vendido pelo Brasil. A demanda segue aquecida pela necessidade de formar estoques para o Ano-Novo Chinês, que em 2026 ocorrerá em 17 de fevereiro. A janela de embarques para atender a essa data se concentra justamente neste último trimestre.
Por outro lado, o mercado segue atento com a investigação da China sobre a importação de carne bovina que pode resultar na aplicação de medidas de salvaguardas contra o Brasil. A expectativa do setor é que será divulgada em novembro.
O faturamento para a carne bovina até a segunda semana de outubro/25 ficou em US$ 621.334,1 milhões, já estamos em quase metade da receita total de outubro do ano anterior, que foi de US$ 1.259,866,9 bilhão.
A média diária do faturamento na segunda semana de outubro ficou em US$ 77.66,8 milhões e registrou um ganho de 35,6%, frente ao observado no mês de outubro do ano passado, que ficou em US$ 57.266,7 milhões.
Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram próximos de US$ 5.551,6 mil por tonelada até a segunda semana de outubro/25, isso representa um ganho anual de 19,1%, em que o valor médio estava ao redor de US$ 4.661,7 mil por tonelada.
Outro cenário que contribui é o câmbio, que está, atualmente, no patamar de R$ 5,40 a R$ 5,50. “Já muda essa realidade dos embarques, aumenta a competitividade do produto brasileiro, melhora as taxas de conversão. Então contribui, sim, para o desempenho das exportações”, destacou Iglesias.
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