Café: Em 2012, consumo mundial deve crescer, mas em ritmo menos acelerado

Publicado em 27/06/2012 16:35
A OIC (Organização Internacional do Café) informou nesta quarta-feira (27) que o consumo mundial de café não deverá ser menor do que o registrado em 2011 e poderia até avançar. 

Como explicou o analista de mercado Gil Carlos Barabach, da agência Safras & Mercado, a demanda global por café continua crescendo, porém, em um ritmo menos expressivo do que o visto nos últimos anos. "Na Europa [em função da crise], pode haver uma troca de patamar de consumo", mas não um recuo. 

Para Barabach, o mercado deverá sentir os efeitos da crise na Zona do Euro, porém, esse impacto deve ser paliativo. Além disso, explica ainda que o que pode haver é uma procura maior por produtos mais baratos, como o café robusta ou até mesmo o arábica de menor qualidade. O analista afirma quem em países onde a situação da crise é mais grave essa redução no consumo já pôde ser vista, como na Espanha e na Itália. 

Outro fator que poderia estimular esse aumento do consumo de café é o recuo dos preços no mercado internacional. Os preços caíram dos 200 cents de dólar por libra-peso para pouco mais de 160 cents. 

Porém, apesar dessa baixa registrada, Barabach afirma que o mercado agora é climático e o excesso de chuvas no Brasil pode dar um novo fôlego aos preços na Bolsa de Nova York. As precipitações atrasam a colheita e, por consequência, a entrada da safra brasileira no mercado. "Com menos café disponibilizado, os preços conseguem um espaço para subir". Além disso, as chuvas ainda comprometem a qualidade dos grãos, fato que complementa o cenário de sustentação para as cotações. 

O analista afirma ainda que o quadro para o café negociado na NYBOT é mais promissor no longo prazo. Entre o final do ano e o início do ano que vem quando há uma sazonalidade no mercado, chega a safra brasileira - que o ano que vem deve ser baixa, respeitando a bianualidade - e mais a projeção de estoques baixos. 

Na sessão desta quarta, os futuros do café negociados na Bolsa de Nova York encerrou a sessão no vermelho. O mercado tirou o dia para realizar lucros depois de um dia de intensos ganhos no pregão anterior. 

Custos de Produção - Nesta quarta-feira, o analista independente de mercado Neil Rosser divulgou uma projeção afirmando que os preços do café arábica precisariam subir 3% ao ano para acompanhar o aumento do custo de produção no Brasil, maior produtor mundial do grão. Rosser afirma que, atualmente, o custo de produção brasileiro varia entre R$ 330 e R$ 370 por saca. 

No entanto, para o analista brasileiro Gil Carlos Barabach, da agência Safras & Mercado, há algum tempo os produtores já vem trabalhando para promover uma redução desses custos de produção, seja com o aumento de produtividade por meio do avanço das tecnologias utilizadas no setor ou até mesmo pela renovação dos parques cafeeiros. 

Veja como ficaram as cotações do café nesta quarta-feira:

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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