Café: Reajuste do preço mínimo poderia sair só na 2ª quinzena de maio

Publicado em 30/04/2013 15:26 e atualizado em 30/04/2013 17:07
A cafeicultura brasileira mais uma vez se frustrou quando o Conselho Monetário Nacional (CMN) não apresentou nesta segunda-feira (29) o reajuste para o preço mínimo do café. Porém, nesta terça-feira (30), o conselho deveria voltar a se reunir para a discussão do assunto, no entanto, as últimas informações são de que o reajuste poderia voltar a ser discutido somente na segunda quinzena de maio.  

Em entrevista ao programa Mercado & Cia, o presidente da Comissão de Café da Confederação Nacional da Agricultura, Breno Mesquita, afirma que "a forma como está sendo conduzida a situação é embaraçosa e triste. Sem o preço mínimo é impossível ter políticas que chegam na forma de renda ao produtor". 

O presidente da Cooxupé, Carlos Paulino, também lamentou a falta de políticas para a cafeicultura brasileira, principalmente sobre a lacuna desse reajuste para o preço mínimo. "Infelizmente não tivemos nenhuma notícia, uma vez que o café não é prioridade para a política agrícola do governo, e os 8 milhões de pessoas que vivem do café estão nessa expectativa de sair o preço de referência que foi exaustivamente estudado e solicitado". 

Ainda segundo Paulino, esse reajuste é uma necessidade primordial para o setor para que possa garantir a renda, principalmente dos pequenos produtores - que correspondem a 80% dos cafeicultores brasileiros -, além de permitir um melhor posicionamento do produtor na hora da comercialização. 

Para o analista de mercado Gil Carlos Barabach, da Safras & Mercado, caso essa medida não seja anunciada, a leitura no mercado internacional de café será negativa. "Esse aumento do preço mínimo é uma tentativa de suavizar a entrada da nova safra brasileira e, consequentemente, uma baixa ainda mais intensa nos preços lá fora". 

Os futuros do café arábica negociados na Bolsa de Nova York vêm registrando uma preocupante trajetoria de baixa nos últimos meses e, ainda segundo Barabach, essa semana não registra perdas tão intensas frente à expectativa do anúncio desse reajuste. 

No entanto, tanto o analista quanto o presidente da Cooxupé afirmam que esse aumento do preço mínimo seria apenas o primeiro passo que teria que ser dado pelo governo, uma vez que depois disso são necessárias mais políticas agrícolas que possam garantir a prática desse valor, principalmente. 

Clique no link abaixo e veja a entrevista de Carlos Paulino:

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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