Café: Apenas dois bancos firmam contratos para transferência do Funcafé

Publicado em 19/08/2013 19:50

Com mais da metade da safra de café já colhida, produtores ainda encontram dificuldades para ter acesso às linhas de crédito do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). Dentre os 27 agentes financeiros que operam essa linha, apenas os Bancos Cooperativo do Brasil (Bancoob) e o BPN Brasil assinaram contratos com o governo e estão aptos a iniciar o repasse dos recursos.

O Bancoob irá repassar R$ 261,36 milhões, sendo que R$ 129,98 milhões será para estocagem, R$ 25,414 milhões à compra de café por torrefações e exportadores, R$ 77,282 milhões ao custeio das lavouras e R$ 18,684 milhões ao financiamento de capital de giro das cooperativas. O BPN Brasil vai transferir no total R$ 42,503 milhões – R$ 22,566 milhões para estocagem e R$ 13,937 milhões à aquisições de café.

O programa do Funcafé para esta safra, que já será liberado mais tarde do que em 2012, prevê a liberação de R$ 3,14 bilhões, sendo R$ 1,140 bilhão para estocagem. A linha de crédito para capital de giro das empresas do setor contará com R$ 800 milhões, R$ 450 milhões para cooperativas, R$ 200 milhões a torrefações e R$ 150 milhões a indústrias de café solúvel.

Para custeio, o montante é de R$ 650 milhões. Outros R$ 500 milhões serão liberados para aquisição de café. As operações de hedge em bolsa contarão com R$ 50 milhões e a recuperação de cafezais, com R$ 20 milhões. A maioria das linhas de crédito do Funcafé tem juros de 5,5% ao ano, mas apenas no financiamento para capital de giro, a taxa é de 6,5% ao ano. 

No caso do financiamento de estocagem, o limite de crédito é de R$ 1 milhão, com vencimento da operação em seis meses, não podendo passar de 30 de abril do ano seguinte ao da colheita para pagamento de pelo menos metade do valor financiado. A segunda parcela vence em 12 meses, não podendo exceder 31 de outubro.

Para adquirir o Financiamento para Aquisição de Café (FAC), destinado a torrefadoras, indústrias de café solúvel, beneficiadores, exportadores e cooperativas de cafeicultores, a linha de crédito prevê que o café não pode ser comprado abaixo do preço mínimo de R$ 307/sc, considerados ágios e deságios em relação à qualidade do produto, como já pré-estabelecido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O limite de crédito por beneficiário é de 50% da capacidade anual de beneficiamento ou industrialização, limitado a R$ 40 milhões, no período de contratação que vai até 30 de dezembro e o pagamento deve ser feito em duas parcelas, de seis e 12 meses. A linha de crédito para financiamento de capital de giro tem limite de R$ 5 milhões para as indústrias de torrefação e de café solúvel.

Para as cooperativas de produção, o limite corresponde a até 25% do volume de cafés recebido a cada safra, multiplicado pelo preço mínimo vigente, não podendo passar o teto de R$ 50 milhões. O período de contratação vai até 30 de novembro para as indústrias, e até março para cooperativas. O prazo de reembolso é de dois anos, com seis meses de carência.

>> Ouça aqui a entrevista do superintendente da Cooparaíso, Francisco Ourique.

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Tags:
Por:
Juliana Ibanhes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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