Café tem a maior alta em 8 semanas no Brasil

Publicado em 11/09/2013 18:32

O café no mercado futuro teve a maior alta em mais de oito semanas, na bolsa de Nova Iorque. Analistas apontam diferentes causas para a elevação, entre elas, as medidas de apoio para a comercialização do café divulgadas pelo governos, na safra de 2013, e até uma possível seca que poderá danificar safras em regiões produtoras. 

Em matéria publicada hoje, a Bloomberg afirma que uma seca poderia afetar a produtividade do café no Brasil. O site cita informações da organização americana de monitoramento climático World Weather, baseada em Kansas. Segundo suas previsões, a primeira florada do café, que aconteceu depois das chuvas da semana passada, poderá ser danificada pelo clima seco que atinge algumas regiões produtoras do país. "Há preocupações de que o clima seco no Brasil cause danos às plantas que já floresceram", informa Sterling Smith especialista do Citigroup, em Chicago.

Porém, esta previsão de seca não é confirmada por meteorologistas brasileiros. De acordo com Olívia Nunes, da Somar Meteorologia, a estiagem atual é normal para esta época do ano, é típica da condição de inverno. Ela afirma ainda que pancadas de chuvas são esperadas para diversas regiões do país, como Paraná e sul de Minas Gerais, já no final do mês de setembro. 

Medidas governamentais
Eduardo Carvalhaes, analista do mercado de café, também defende que ainda é cedo para dizer que uma seca poderá danificar a safra de café no Brasil. "Floradas que acontecem antes do tempo podem mesmo sofrer danos". No entanto, essa situação pode ser facilmente revertida com chuvas nas próximas semanas. Carvalhaes diz ainda que a alta do mercado pode ter sido influenciada pelas medidas de apoio à comercialização do café, anunciadas pelo governo. Esta semana, o governo confirmou o repasse dos recursos do Funcafé aos bancos e a confirmação do leilões de opções de vendas para 3 milhões de sacas.

De acordo com informações da Bloomberg, apesar da atual alta, os preços do café ainda não se recuperaram da que de mais de 19% registrada este ano, devido aos sinais de uma ampla oferta global. Esta semana, a Conab reduziu em 2,3% suas estimativas de safra para 2013, caindo de 48,49 milhões de sacas, previstas em maio, para 47,54 milhões. O governo dos Estados Unidos prevê que a produção mundial de café em 2013/14 irá exceder a demanda pelo quarto ano consecutivo. 

Alta limitada
Segundo John Caruso, corretor de commodities na RJO, em Chicago, "A redução nas estimativas de safra também estão apoiando os preços", ainda assim, segundo ele "as altas serão limitadas, já que a oferta global continua ampla". 


Com informações da Bloomberg.


 

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Por:
Fernanda Bellei

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