Café: NY encerra sessão volátil em queda após operar com altas acima de 300 pts

Publicado em 16/06/2014 18:15

O mercado do café arábica na Bolsa de Nova Iorque (Ice Futures US) encerrou a sessão de hoje (16) com pequenas quedas, depois de operar com altas acima dos 300 pontos. Analistas de mercado afirmam que a volatilidade foi provocada por movimentos técnicos na bolsa. 

O contrato para entrega em julho fechou em 173,45 centavos de dólar por libra-peso, depois de cair 25 pontos. O vencimento setembro encerrou a sessão valendo 176,25 cents / libra-peso, com queda de 20 pontos. A máxima do dia para o contrato foi 179,40 e a mínima 174,85, o que representa uma variação de 455 pontos. O vencimento dezembro encerrou em 179,50 cents / libra-peso, com queda de 45 pontos e o março/2015 perdeu 65 pontos e fechou em 182,40 cents / libra-peso. 

Além do movimento técnico, a cobrança das dívidas dos cafeicultores também pode estar influenciando as vendas de café no Brasil e, consequentemente, a oferta de café no mercado. É o que explica o presidente do Conselho Regional de Café da região de Guaxupé-MG, Fernando Barbosa. “A renegociação das dívidas dos cafeicultores já está sendo cobrada pelas agências financeiras, isso pode fazer com que eles sejam forçados a vender seu café”. 

O Diário Oficial da União informou que a renegociação das parcelas vencidas e vincendas no período de 1º de julho de 2013 a 30 de junho de 2014, das operações de crédito rural contratadas até 10 de janeiro de 2014, o produtor que entrou com a intenção terá até o dia 30 para regularizar a situação. Estão vinculadas as lavouras de café arábica, referentes a custeio, investimento e comercialização.

Plano Agrícola
Se por um lado a cobrança das dívidas pode fazer com que os cafeicultores acelerem as suas vendas, o lançamento do Plano Agrícola poderá capitalizá-los e permetirque segurem seu produto e aguardem melhores preços. “Se o produtor tiver dinheiro, ele certamente irá segurar suas vendas”.

Oferta restrita
O analista de mercado Eduardo Carvalhaes afirma que as vendas continuam lentas, já que os cafeicultores aguardam novas altas nos preços. “Além disso, não temos novas informações no mercado, nenhuma previsão próxima de mudança no clima que poderia alterar a produção, portanto, os preços ficam mais estáveis”. 

Fernando Barbosa acrescenta que os produtores estão segurando a venda do café de melhor qualidade e vendendo o café verde e resíduo (escolha). “Temos certeza de que teremos falta de oferta de café de qualidade este ano e a situação será ainda pior na próxima safra”.

Ferrugem
A ferrugem do café também tem atingido parte das lavouras de café na região de Guaxupé, segundo Barbosa. “Estamos tendo uma desfolha grande, que é comum neste período, mas este ano a incidência está maior que nas safras passadas”. 

A colheita na regfião de Guaxupé já está entre 20% a 23% completa e em Guaranésia os pequenos produtores já colheram 80% de seu café. “Já podemos afirmar que a quebra desta safra será maior que o esperado”. 

No mercado físico, a maior parte das praças registraram quedas no preço da saca de 60 kg, com excessão de Guaxupé-MG, que teve uma alta de 0,74% no café tipo 6, bebida dura e a saca é vendida a R$ 406,00. Em Maringá-PR, os preços recuaram 2,70% e a saca vale R$ 360,00. 

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Tags:
Por:
Fernanda Bellei
Fonte:
Notícias Agrícolas

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