Café: NY fecha com leve queda, mas preços ficam acima dos US$ 1,70

Publicado em 24/06/2014 18:18 e atualizado em 24/06/2014 20:38

As cotações do café arábica na Bolsa de Nova Iorque (Ice Futures US) fecharam com leves quedas nesta terça-feira (24), depois de registrarem alta na sexta e na segunda-feira. Apesar dos recuos, que variaram entre 120 a 95 pontos para os contratos mais próximos, os preços se mantiveram acima do patamar dos US$ 1,70. 

O vencimento julho fechou com queda de 95 pontos, em 174,15 centavos de dólar por libra-peso. O contrato para entrega em setembro recuou 115 pontos e encerrou valendo 176,25 cents. Os vencimentos dezembro e maio /2015 pederam 120 pontos e encerraram, respectivamente, em 179,80 e 182,90 cents / libra-peso.    

Previsão altista do USDA
A última previsão do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que aponta para uma queda de 1,5 milhões de sacas de café na safra mundial, foi um fator altista, que pode ter ajudado a sustentar os preços na Bolsa de NY na sexta e na segunda-feira. O departamento projetou um total de 148,671 milhões de sacas de 60 quilos, ante 150,145 milhões de sacas da temporada anterior.

“O USDA é um departamento conservador, e se eles prevêem uma grande quebra na produção, o mercado já observa que a safra será mesmo pequena”, afirmou o analista de mercado Eduardo Carvalhaes. 

Ele afirma que, com o andamento das colheitas, os mercado deve se manter volátil. “Sabemos que não existem estoques grandes de café no mundo e produtores do Sul de Minas Gerais continuam relatando redução no rendimento do café, mas com diversas previsões sendo divulgadas, algumas apontando para quebras menores e outras para quebras maiores na produção brasileira, os preços devem continuar voláteis”. 

Outro fator que indica que os preços devem se manter em alta, segundo Carvalhaes, são os anúncios de alta nos preços do café em grandes redes multinacionais e cafeterias como a nmorte-americana Starbucks. “Isto é mais um sinal de a produção está pequena e que os operadores em NY não devem recuar suas compras de posições que os preços não devem voltar a cair”.

O café tipo 6, bebida dura, teve poucas variações no mercado físico. Em Patrocínio-MG, a saca de 60 kg subiu 2,50% e é negociada a R$ 410,00. Já em Espírito Santo do Pinhal-SP, a saca registrou recuo de 3,17% e é vendida a R$ 397,00. 

 

Café irrigado sofreu menos impacto da seca no Sul de Minas, informa Valor  

A seca e o calor dos primeiros meses afetaram o café arábica irrigado no Sul de Minas, mas as perdas são menores que as apuradas em plantações não irrigadas da região. Na fazenda do Café Gourmet Santa Monica, localizada entre os municípios de Machado e Serrania, o percentual de grãos chochos (malformados) é de 10% nesta temporada 2014/15, de acordo com o site Valor Econômico.

José Braz Matiello, consultor e pesquisador da Fundação Procafé, visitou recentemente algumas regiões produtoras de café do país, como o Sul de Minas, e diz que em algumas áreas não haverá produção de grãos mais graúdos (peneira 17 ou mais), quando o percentual de colheita desse tipo de produto normalmente fica em torno de 15%. Com grãos menores e mais leves, será preciso maior quantidade para formar uma saca de 60 quilos. Já se fala que serão necessários de 600 a 700 litros para completar uma saca do grão, ante uma média usual de 450 a 500 litros. O número perfaz uma média de cerca de 30% de queda na produção - o percentual estimado pela Procafé para o Sul de Minas em geral.

Leia a matéria na íntegra no site Valor Econômico

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Tags:
Por:
Fernanda Bellei
Fonte:
Notícias Agrícolas

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