Café: NY trabalha com máximas em três semanas à espera de safra do Brasil

Publicado em 26/08/2014 11:58 e atualizado em 26/08/2014 13:36

O café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) opera em forte alta na manhã desta terça-feira (26). Por volta de 11h30 (horário de Brasília), o vencimento dezembro/14 operava a 194,65 centavos de dólar por libra-peso, com ganhos de 700 pontos, o março/15 registra 197,90 cents, com alta de 650 pontos. Os contratos com entrega mais distante também apresentam ganhos a, o maio/15 registra 200,00 cents/lb com avanço de 655 pontos e o julho/15 subiu 635 pontos com 201,20 cents/lb.

O mercado está atingindo máximas de três semanas em meio a receios com o tamanho da safra brasileira neste e no próximo ano.

Segundo a Bloomberg, o Brasil enfrenta uma das piores secas registradas nas últimas décadas. A produção do Brasil, pode cair 18 por cento quando a colheita terminar no mês que vem, para 40,1 milhões de sacas, estima o Conselho Nacional do Café, após um declínio de 3,1 por cento no ano passado. Se os números pessimistas se confirmarem, 2015 pode ser o terceiro ano consecutivo de queda de produção, o que seria o declínio mais longo desde 1965.

 

Veja como fechou o mercado na última segunda-feira

Café: NY fecha em alta influenciada pela confirmação de seca para os próximos dias

Por Jhonatas Simião

Nesta segunda-feira (25), a Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fechou a sessão com preços do café arábica levemente mais altos, após começar o dia com perdas. A posição dezembro/14 encerrou o dia com alta de 30 pontos, a 187,65 cents de dólar por libra peso, o contrato março/15 terminou com 25 pontos positivos a 191,40 cents/lb, o maio/15 registrou 193,45 cents/lb com alta de 25 pontos e o julho/15 encerrou a sessão com alta 10 pontos em 194,85 cents/lb.

Segundo analistas, a alta foi influenciada pelas previsões climáticas mais recentes que apontam seca para os próximos sete ou 10 dias nas principais regiões produtoras do Brasil. Segundo informações divulgadas pelo Jornal da Globo na última quinta-feira (21), estima-se que a produção de arábica seja 15% menor que a do ano passado devido ao déficit hídrico.

A trader sul-africana I&M Smith publicou em seu informativo desta segunda-feira que as incertezas com relação às previsões de chuva no Brasil devem manter a volatilidade do mercado. A bolsa também permanece na defensiva em meio às incertezas da produção não só para a safra que está sendo colhida no País, como também para o próximo ciclo.

Segundo o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, mesmo se chover nos próximos dias, o mercado não deve se estabilizar. “Estimo que esse cenário de incertezas permaneça pelos próximos seis ou sete meses”, afirma.

 

Sem chuvas

De acordo com analista de mercado, Marcus Magalhães, da Maros Corretora, a previsão do tempo aponta que os próximos dias não devem ser de chuva no Espírito Santo e cinturão produtivo do Sudeste, pelo menos até o início de setembro.

“A ausência de chuva nas regiões produtoras e a perspectiva que este cenário irá prevalecer nos próximos dias, quiçá semanas, vem dando ao contexto cafeeiro uma moldura preocupante, já que em importantes regiões produtoras o déficit hídrico é fato”, diz o analista.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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