Café: NY opera em queda nesta sexta-feira; florada começa em algumas lavouras do Sul de Minas

Publicado em 12/09/2014 10:30 e atualizado em 12/09/2014 14:17

Os futuros do café arábica registram uma manhã de queda nesta sexta-feira (12) na Bolsa de Nova York. Por volta das 14h (horário de Brasília), o vencimento dezembro/14 registrava queda de 110 pontos com 184,35 cents de dólar por libra peso, o março/ 15 registrava 187,85 cents/lb, o maio/15 anotava 190,25 cents/lb, ambos com queda de 165 pontos e o julho/15 apresentava baixa de 110 pontos com 192,30 cents/lb.

Nesta quinta-feira (11), a Conab divulgou estimativa para a safra 2015, que deverá atingir atingir 48,83 milhões de sacas de 60 kg. Entretanto, a estimativa se baseia em  tendências e estatísticas, sem visita de campo.

Outro fato que movimentou o mercado foi as floradas. De acordo com o engenheiro agrônomo e pesquisador da Prócafé, Alisson Fagundes, a principal florada do café no Sul de Minas deve começar nos próximos dias induzida pela chuva que caiu nos últimos dias na região. No entanto, sem perspectiva de chuvas as flores podem não resistir. “Não temos perspectiva de chuva na região, a florada deve começar entre sábado e domingo. Porém, sem chuva acreditamos que o pegamento será péssimo”, afirma.

Segundo o cafeicultor, Francisco Miranda, da cidade de Três Pontas-MG, as floradas em sua lavoura iniciaram de forma esporádica. "As floradas aconteceram em solos melhores. Mas a situação na região é crítica, na minha fazenda de janeiro até agora choveu 330 mm. No ano passado, nesse período tínhamos precipitação de mais de mil milímetros", diz. Ainda de acordo com Miranda, no município de Santana da Vargem-MG as floradas já iniciaram e estão em condições melhores.

Segundo o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, daqui para frente as floradas começam a acontecer e isso pode influenciar o Bolsa. “As floradas aparecem conforme a precipitação de cada região. Daqui para frente até outubro deve ser assim e isso é um prato cheio para os especuladores”, diz o analista que acredita que o início da florada em algumas lavouras pode ter influência na queda das cotações.

Na sessão anterior, o mercado fechou acentuadamente mais alto, reagindo após as recentes quedas e diante de uma recuperação técnica, com compras de fundos e especuladores.

 

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Café: Mercado reage em NY e recupera parte das perdas com foco no clima

Por Jhonatas Simião

Nesta quinta-feira (11), a Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou suas operações recuperando parte das perdas da sessão passada quando registrou a maior queda desde 23 de julho. O vencimento dezembro/14 registrou 185,45 cents de dólar por libra peso, o março/15 fechou com 189,50 cents/lb, ambos os contratos tiveram alta de 420 pontos. Os vencimentos mais distantes encerram a sessão com valores mais próximos dos US$ 2 por libra peso, o maio/15 anotou 191,90 cents/lb e 425 pontos e o julho/15 fechou 193,40 cents/lb e alta de 410 pontos.

De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o fator climático ainda tendência as negociações e deixa os operadores receosos. “As volatilidades na sessão de hoje foram mais amenas e os suportes foram mantidos, deixando a sensação de que essas quedas absurdas dos últimos dias sem razão e lógica devem ser amenizadas em curto prazo de tempo”, afirma.

Segundo o analista, o mercado também está excessivamente vendido, deixando a sensação de que no curto prazo pode ter recompras levando as cotações a recuperar o que foi perdido.

Na sessão de ontem, segundo analistas, o mercado fechou em baixa em meio a variáveis técnicas e informações divulgadas recentemente como o aumento da safra colombiana, a estimativa da Volcafe e do IBGE, que elevou a previsão da safra no Brasil, os dados de exportação e o fortalecimento do dólar, que estimulou vendas de fundos e de especuladores.

Segundo o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, em entrevista ao programa Mercado & Cia, apresentado por João Batista Olivi, o mercado deve manter a tendência de oscilação nos próximos dias.

 

Clima

De acordo com Magalhães, as previsões climáticas recentes apontam que a seca deve continuar pelos próximos sete dias. “Eu particularmente acho que setembro ainda será um mês marcado por altas temperaturas e clima seco nas regiões produtoras e isso com certeza deverá nortear as operações nas bolsas porque se não chover as floradas que abriram perdem saúde e as que não abriram não terão condição de abrir”, diz.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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