CNC: Chuvas estimulam principal florada do café

Publicado em 07/11/2014 11:53

BALANÇO SEMANAL — 03 a 07/11/2014

“ESPECIAL CAFÉ” — O Conselho Nacional do Café, mantendo sua tradição de bem informar e orientar seu público sobre os cenários da cafeicultura brasileira e mundial, concretizou, por mais um ano, com apoio da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), sua parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), através da qual será publicada, na Revista Agroanalysis, a oitava edição do caderno “Especial Café”, iniciativa que começou em 2006.

Na edição que será distribuída em dezembro, o presidente executivo do CNC, Silas Brasileiro, fará uma abordagem sobre o atual cenário da produção da cafeicultura nacional e apontará as principais necessidades do setor. Em relação ao inédito panorama climático vivenciado este ano, o pesquisador da Fundação Procafé, José Braz Matiello, abordará os efeitos da prolongada estiagem, das altas temperaturas e dos elevados déficits hídricos nas safras 2014 e futuras, citando, ainda, os cenários que podem ocorrer.

No cenário mercadológico, o diretor executivo da Maros Corretora e analista de mercado parceiro do CNC, Marcus Magalhães, fará um balanço do ano de 2014 e traçará projeções para 2015. O presidente e a assessora técnica da Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita e Natália Fernandes, respectivamente, apontarão uma preocupação crescente ao longo das últimas safras, que é a elevação do custo de produção e o que pode ser feito para mitigar essa escalada.

Ainda no contexto de mercado e custos, o analista do conceituado Escritório Carvalhaes, Nelson Carvalhaes, demonstrará um cenário do popular “ganha-ganha”, onde todos os elos da cadeia produtiva do café podem atuar em sinergia e obter lucros na atividade cafeeira, desde a produção até a comercialização final do produto.

O diretor geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), Guilherme Braga, será outro articulista do caderno Especial Café. Ele escreverá a respeito do desempenho dos embarques nacionais ao longo de 2014, analisando volume e receitas e traçando comparativos em relação às temporadas anteriores.

Encerrando o Especial Café, dois fatos comemorativos e importantes para a nossa cafeicultura serão tratados. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Américo Sato, falará a respeito dos 25 anos do Selo de Pureza, iniciativa responsável pelo constante crescimento do consumo no Brasil. Por fim, o provador, degustador e professor certificado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Silvio Leite, comentará as 100 edições do Cup of Excellence – principal concurso de qualidade do mundo, que premia anualmente os melhores cafés de 11 países –, certame realizado pela associada BSCA no Brasil e do qual ele foi um dos idealizadores.

As edições anteriores do caderno Especial Café, da Revista Agroanalysis, produzido pela FGV em parceria com o Conselho Nacional do Café, estão disponíveis em nosso site. Confira em: https://www.cncafe.com.br/site/conteudo.asp?id=44.

MERCADO — A chegada das chuvas em volumes significativos sobre as origens brasileiras estimularam a principal florada da safra 2015/16, resultando em pressão baixista sobre as cotações futuras do café arábica. As consecutivas desvalorizações do real e o crescimento dos estoques nos portos dos países importadores também contribuem para essa tendência. No entanto, sabemos que as perdas causadas pela severa estiagem são irreversíveis.

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), depois das chuvas da última semana de outubro, foram observadas pequenas floradas no Cerrado Mineiro, Sul de Minas, Garça (SP) e Noroeste do Paraná. Na Mogiana Paulista e na Zona da Mata Mineira, havia expectativa de abertura das floradas a partir da primeira semana de novembro. No entanto, para o bom desenvolvimento dessas flores será necessária a alternância entre períodos de chuvas e de sol.

A Somar Meteorologia prevê a ocorrência de precipitações no período de 11 a 15 de novembro em grande parte das áreas agrícolas do Sudeste e do Centro-Oeste do Brasil. Espera-se que os maiores volumes acumulados, de 70 a 100 mm, caiam sobre Vale do Paraíba, entre São Paulo e Rio de Janeiro, além do Sul e Zona da Mata de Minas Gerais.

O vencimento dezembro do Contrato C, negociado na Bolsa de Nova York, foi cotado, ontem, a US$ 1,8375 por libra-peso, acumulando queda de 425 pontos na semana. Na ICE Futures Europe, o vencimento janeiro/2015 encerrou a sessão a US$ 2.007 por tonelada, representando desvalorização de US$ 41 em relação ao fechamento da última sexta-feira.

A Organização Internacional do Café (OIC) informou que as exportações globais do ano safra 2013/14 (outubro a setembro) totalizaram 111,29 milhões de sacas, caindo 1,5% em relação às 113 milhões de sacas exportadas em 2012/13. A queda do volume se deveu principalmente às menores exportações da variedade robusta, que recuaram para 42,26 milhões de sacas ante 43,9 milhões de sacas registradas no ciclo anterior.

Segundo a OIC, a principal explicação para a queda nos embarques de conilon é o encolhimento de 50% nas remessas por parte da Indonésia, origem que vivenciou uma quebra de safra e o aumento de seu consumo doméstico de café no ciclo atual.

Também de acordo com a Organização, as exportações da variedade arábica, por sua vez, permaneceram relativamente estáveis, ao redor de 69 milhões de sacas, já que os maiores volumes embarcados pelo Brasil e pela Colômbia compensaram a oferta reduzida da América Central.

Diante do maior volume exportado pelos principais produtores (Brasil, Colômbia e Vietnã), a Volcafé divulgou que os estoques nos portos dos países consumidores encontram-se no patamar mais elevado dos últimos três anos cafeeiros. Em relação ao ciclo passado, há crescimento de 2 milhões de sacas no volume armazenado, de acordo com apuração da Agência Bloomberg.

No Brasil, o dólar apresentou alta em cinco sessões consecutivas, encerrando a quinta-feira a R$ 2,5607, com ganhos acumulados de 3,3% na comparação com o final da semana anterior. Estatísticas que mostram o fortalecimento do mercado de trabalho nos Estados Unidos e as incertezas sobre o futuro da política econômica brasileira estimularam essa tendência.

O mercado físico nacional continuou operando com baixa liquidez nos negócios, já que vendedores aguardam melhora nos preços. Os indicadores do Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 440,54/saca e a R$ 270,26/saca, respectivamente, com variação de -0,5% e 2,8% no acumulado da semana.

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CNC

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