Café: Bolsa de Nova York devolve praticamente todos os ganhos de ontem nesta manhã de 4ª feira

Publicado em 15/04/2015 10:26

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve baixa nesta manhã de quarta-feira (15) devolvendo quase todos os ganhos da sessão anterior. As últimas sessões tem sido marcadas por intensa volatilidade.

Por volta das 10h15, o vencimento maio/15 tinha 134,45 cents/lb e 15 pontos de baixa, o julho/15 anotava 136,20 cents/lb com 40 pontos de recuo e o setembro/15 registrava 138,95 cents/lb e 50 pontos negativos. Já o dezembro/15, mais distante, tinha 142,60 cents/lb com 70 pontos de desvalorização.

Ontem, as cotações fecharam com leve alta na bolsa norte-americana após encontrar reação diante de fatores técnicos e com a queda do dólar ante o real, que inibe as exportações brasileiras da commodity.

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Veja como fechou o mercado na terça-feira:

Café: Bolsa de Nova York fecha com ganhos moderados nesta 3ª feira após queda nas últimas duas sessões

As cotações do café arábica fecham esta terça-feira (14) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) com preços mais altos em relação ao dia anterior, porém, com variação quase estável. O mercado teve mais uma sessão volátil com os futuros chegando a operar nos dois campos pela manhã.

O contrato maio/15 encerrou o dia com 134,60 cents/lb e alta de 85 pontos, o julho/15 anotou 136,65 cents/lb com 45 pontos de valorização. O contrato setembro/15 registrou 139,45 cents/lb com 40 pontos positivos e o vencimento dezembro/15 teve 143,30 cents/lb com 35 pontos de avanço.

Segundo informações de agências internacionais, o mercado encontrou reação diante de fatores técnicos e da queda do dólar contra o real no Brasil. A moeda norte-americana encerrou o dia com baixa de 1,97%, cotada a R$ 3,063 na venda. Segundo a Reuters, o dólar caiu acompanhando o movimento no cenário externo, onde dados ainda mostram uma recuperação lenta da economia dos Estados Unidos.

Para o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, os investidores continuam na defensiva de olho nas posições vendidas no mercado e desta forma, não permitem que as oscilações ganhem corpo. "Tudo o que acontece fica restrito a um pequeno intervalo mercadológico e assim, o mercado não consegue empolgar os envolvidos de uma forma em geral", afirma o analista. 

Ainda de acordo com Magalhães, as cotações externas já precificaram o pior cenário e com isso, não deve surgir novas rodadas de baixas nas cotações.

Vale lembrar que na sessão anterior os futuros do arábica recuaram diante de fatores técnicos e com a expectativa de uma safra abundante no Brasil nesta temporada. Essa confiança dos operadores só aumentou com as recentes estimativas particulares, como a da importadora Wolthers Douque, com sede na Flórida.

Segundo a companhia, a safra em 2015/16 deve ser de 45,6 milhões de sacas de 60 kg, ante as 44,21 milhões de sacas na temporada anterior. Informações divulgadas ontem pela Bloomberg com base em relatório da Wolthers após visitas em áreas de café do Brasil, se constatou que as "plantas pareciam bastante exuberantes e fortes".

Relatório OIC

A Organização Internacional do Café (OIC) trouxe em seu relatório mais recente, do mês de março, divulgado nesta terça-feira (14), que a produção mundial de café na temporada 2014/15 deve atingir 141,9 milhões de sacas de 60 kg e o consumo mundial da commodity pode chegar a 149,3 milhões de sacas.

O número é resultado de uma média anual de crescimento de 2,3% sobre os últimos quatro anos.

» Café: OIC estima em relatório que consumo mundial pode chegar a 149,3 milhões de sacas

Mercado interno

Segundo Magalhães, no Brasil a situação é bem diferente do mercado externo e independente de dólar ou bolsa a paradeira é gritante. Apesar dos preços estarem acima de R$ 500,00 em algumas praças de comercialização.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Franca-SP com R$ 520,00 e alta de 6,12% em relação ao dia anterior. Foi a maior oscilação no dia.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação na cidade de Franca-SP com R$ 510,00 a saca e valorização de 4,08%. A variação mais expressiva no dia foi na cidade de Guaxupé-MG com queda de 6,00% e saca cotada a R$ 501,00.

O tipo 6 duro também teve maior valor em Franca-SP com alta de 2,13% e saca cotada a R$ 480,00. A oscilação mais expressiva no dia foi em Patrocínio-MG com queda de 3,13% e saca valendo R$ 465,00.

Na segunda-feira (13), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou valorização de 0,06% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 439,04.

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Tags:
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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