Café: Bolsa de Nova York recua forte nesta manhã de 2ª feira após fechamento estável na sexta

Publicado em 15/06/2015 10:29

Nesta manhã de segunda-feira (15), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com forte queda após o fechamento quase neutro na sessão anterior.

Por volta das 10h47, o vencimento julho/15 tinha 129,20 cents/lb e 285 pontos de baixa, o setembro/15 registrava 131,60 cents/lb e 280 pontos de recuo e o dezembro/15 anotava 135,10 cents/lb e desvalorização de 290 pontos.

Na sexta-feira passada, os futuros do arábica tiveram oscilação entre alta e baixa em mais 500 pontos, mas acabaram fechando praticamente estáveis. Segundo analistas, o mercado está carente de novidades fundamentais.

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Veja como fechou o mercado na sexta-feira:

Café: Bolsa de Nova York encerra semana com queda após intensa volatilidade; no Brasil, colheita chega a 28%

Após a valorização registrada no início da semana, os futuros do café arábica encerraram o pregão de ontem acumulando queda em relação à última sexta-feira. Os movimentos de realização de lucros foram os principais responsáveis por essa tendência. O mercado também tem apresentando intensa volatilidade.

Na sessão de hoje, as cotações na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) tiveram oscilação entre alta e baixa em mais 500 pontos, mas acabaram fechando praticamente estáveis. O vencimento julho/15 fechou o pregão com 132,05 cents/lb e 5 pontos de alta. O contrato setembro/15 registrou 134,40 cents/lb, o dezembro/15 anotou 138,00 cents/lb e o março/16 encerrou o dia com 141,45 cents/lb, ambos com queda de 5 pontos.

Segundo o analista da Origem Corretora, Anilton Machado, a bolsa nesta semana está carente de novidades fundamentais. "O mercado está muito técnico, no pregão de anteontem houve a tentativa de subida para os 140,00 cents/lb sem êxito, daí ele tentou buscar um nível de baixa em 130,00. Hoje ele chegou na mínima em 130,60 e não teve forças pra romper e acabou fechando inalterado", explica.

Ainda de acordo com Machado, o mercado deve continuar lateralizado até que alguma questão fundamental se sobressaia, como o fluxo da colheita, alguma informação climática ou o câmbio.

Nesta semana divulgações importantes foram realizadas no mercado, mas a Bolsa de Nova York, ainda assim, não gerou as repercutiu. O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé) divulgou que as vendas externas do País apresentaram retração em maio, embora nos últimos 12 meses o volume tenha sido recorde.

No mês passado, foram embarcadas 2.783.972 sacas de café verde e industrializado, representando queda de 7,7% em relação a maio de 2014. A receita cambial auferida no último mês reduziu-se em 17,4% em relação ao quinto mês do ano passado, resultando em US$ 460,817 milhões. No acumulado de junho/2014 a maio/2015, o Brasil exportou 36.697.386 sacas, correspondentes a uma receita de US$ 6,960 bilhões, com incrementos de, respectivamente, 9,42% e 34,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Também em relação ao mercado mundial, a Organização Internacional do Café divulgou em seu relatório de mercado referente a maio que o ano safra 2014/15 terminará com déficit significativo de pelo menos 8 milhões de sacas. A OIC também afirma que é muito cedo para uma estimativa mais completa para o balanço entre a oferta e a demanda de café para a temporada 2015/16.

Mercado interno

O cenário do mercado físico nesta sexta-feira continua igual ao que noticiamos durante toda a semana, os negócios são lentos. Apesar da colheita ter iniciado nas regiões produtoras, o café não aparece na mesma intensidade nas praças de comercialização.

Ontem a Safras & Mercado divulgou que a colheita de café da safra brasileira 2015/16 chegou a 28% até 09 de junho e está atrasada em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2014/15, 32% da safra estava colhida. Mas ela está avançada contra a média dos últimos 5 anos, que para este período marca 26%.

O tipo cereja descascado continua com maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 502,00 - estável. A variação mais expressiva dentre as praças de comercialização foi em Poços de Caldas-MG com alta de 4,06% e saca a R$ 487,00. (Veja a variação semanal para o tipo no gráfico abaixo):

O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé-MG com R$ 502,00 a saca - estável. A oscilação mais expressiva no dia foi na cidade de Poços de Caldas-MG com alta de 2,30% e saca cotada a R$ 445,00. (Veja a variação semanal para o tipo no gráfico abaixo):

O tipo 6 duro teve maior valor na cidade de Franca-SP com R$ 480,00 - estável. A maior oscilação no dia foi registrada na cidade de Patrocínio-MG onde a saca recuou 3,41%, para R$ 425,00. (Veja a variação semanal para o tipo no gráfico abaixo):

Na quinta-feira (11), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou valorização de 2,84% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 422,78.

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Tags:
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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