Café: Bolsa de Nova York sobe mais de 200 pts nesta 3ª feira e atinge máximas de 3 semanas
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) atingiram máximas de quase três semanas nesta terça-feira (21), fato que atraiu compras especulativas. O mercado avançou na sessão com suporte do câmbio, que impacta diretamente nas exportações, mas também seguiu as previsões climáticas no cinturão produtivo do Brasil e teve apoio gráfico depois que o contrato maio/17 rompeu sua média móvel de 200 dias.
O contrato março/17 fechou o dia cotado a 150,35 cents/lb com 255 pontos de alta, o maio/17 anotou 151,85 cents/lb com valorização de 230 pontos. Já o vencimento julho/17 encerrou o dia cotado a 154,10 cents/lb com avanço de 230 pontos e o setembro/17, mais distante, também teve ganhos de 230 pontos, a 156,40 cents/lb. Essa é a quarta sessão consecutiva de alta no mercado.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, apesar das oscilações expressivas no mercado externo o dia para o café foi lento. "Um misto de dólar fraco, liquidez curta e a possibilidade de importação da maior origem produtora de café no mundo para cumprir compromissos tem feito que com os níveis internacionais ganhem um freio e intrinsecamente, indiquem, recompras no radar", afirma.
O dólar comercial fechou a sessão desta terça praticamente estável, a R$ 3,0905 na venda com avançou 0,06%. A divisa avançou diante das apostas de que o Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, possa elevar os juros do país no próximo mês. As oscilações do dólar impactam diretamente nas exportações da commodity e consequentemente nos preços do grão.
Desde o início dos trabalhos, os preços externos do grão estiveram em alta diante dessas variáveis apresentadas. No entanto, a valorização ficou ainda mais expressiva após o contrato maio/17 rompeu sua média móvel de 200 dias. Além disso, "o petróleo bruto foi bastante favorável, embora o real (brasileiro) seja mais fraco", disse um trader norte-americano à agência de notícias Reuters.
O clima também repercute no mercado. Após bons volumes de chuva no início do ano, o clima voltou a ficar mais seco e as altas temperaturas predominam no Sudeste. "As chuvas em São Paulo no fim da semana passada mantiveram a umidade adequada para o crescimento do grão, mas a seca ainda é muito difundida no restante da faixa produtora de café. As condições devem continuar secas nesta semana, mas chuvas previstas no período de 6 a 10 dias devem proporcionar algum alívio nos próximos dias", disse o serviço de meteorologia norte-americano MDA Information Systems.
Mercado interno
Os preços domésticos do café arábica registraram pouca oscilação na segunda (20) sem sua principal referência a Bolsa de Nova York, que não trabalhou ontem por conta do feriado do Dia do Presidente, nos Estados Unidos, mas seguem próximos do patamar de R$ 500,00 a saca para os tipos mais negociados. Ainda assim, o ritmo de negócios continua lento. "Os preços continuam engessados e sem grandes negócios sendo concretizados", diz Marcus Magalhães.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação no dia em Guaxupé (MG) com R$ 560,00 a saca e alta de 1,27%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com R$ 549,00 a saca e avanço de 2,23%.
O tipo 4/5 anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com 549,00 a saca e alta de 1,29%. A oscilação mais expressiva no dia dentre as praças ocorreu em Franca (SP) que teve valorização de 3,85% e saca a R$ 540,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação no dia em Franca (SP) com alta de 3,92% e saca a R$ 530,00. Foi a maior oscilação dentre as praças no dia.
Na segunda-feira (20), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta, tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 501,43 com queda de 0,40%.
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