CNC visita UCOM, Porto Seco Sul de Minas e realiza reuniões na principal região produtora de café no Brasil

Publicado em 22/09/2017 15:11

BALANÇO SEMANAL — 18 a 22/09/2017

VISITAS AO SUL DE MINAS

Na quarta-feira, 20 de setembro, a equipe e os conselheiros diretores do Conselho Nacional do Café (CNC) realizaram visitas à Usina Cocatrel Minasul – UCOM, situada em Varginha, no sul de Minas Gerais, principal região produtora do Brasil, representando aproximadamente 25% da safra cafeeira.
 
Iniciativa dos associados do CNC, a UCOM começou os trabalhos em agosto de 2016 e possui grande e moderna estrutura industrial e de armazenamento, com capacidade para estoque estático de 800 mil sacas e potencial para a movimentação de 1,2 milhão de sacas de café.
 
Com atuação no segmento de armazenamento, rebeneficiamento, industrialização, comércio e exportação de café, a Usina une tecnologia de ponta e profissionais capacitados a um completo sistema de segurança e transparência na gestão de seus estoques, sendo detentora de um dos mais modernos sistemas de administração, no contexto World Class de Gestão, para apoiar operação, administração e negócios.
 
- Porto Seco Sul de Minas

Os diretores e profissionais do CNC visitaram, também em Varginha, as instalações do Porto Seco Sul de Minas, que foi a primeira estação aduaneira do interior a entrar em funcionamento no Brasil.
 
Há mais de 20 anos atuando como terminal alfandegário, o espaço foi repaginado e suas novas instalações estão integradas a um condomínio industrial e logístico, proporcionando soluções multimodais de transporte, anexas ao aeroporto da cidade, que é capacitado para operar aviões de carga, atuando com remessas expressas e encomendas para todo o território nacional.
 
Os gestores relataram que a estrutura é composta por unidade de negócios que abrangem armazéns alfandegados e gerais, administração de obra civil, operações logísticas, locações de galpões AAA e administração de condomínio industrial e logístico.
 
O Porto Seco utiliza métodos modernos para controle e movimentação das mercadorias, além de oferecer serviços especiais na importação e exportação, constituindo-se no hub multimodal mais atrativo do interior.
 
A estrutura também desenvolve projetos customizados para oferecer soluções de logística, transporte e distribuição integrados ao terminal portuário, promovendo sinergia operacional, além de soluções de gerenciamento para toda a cadeia de suprimentos (supply chain) e agilidade nos trâmites aduaneiros.
 
- Reuniões do CNC

Os conselheiros diretores e a equipe do CNC também realizaram reuniões no Sul de Minas, contando com convidados como o presidente da Comissão Nacional do Café da CNA, Breno Mesquita; a Coordenadora-Geral de Café do Departamento do Café, Cana-de-Açúcar e Agroenergia do MAPA, Janaína Macedo Freitas; a Conselheira da Carreira de Diplomata Marissol Tereza Chaves Romaris, Assessora do Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores; e o Gerente-Geral da Embrapa Café, Gabriel Bartholo.
 
Em sua explanação, o presidente executivo do CNC, deputado Silas Brasileiro, demonstrou as atividades desenvolvidas pelo Conselho em defesa da produção da cafeicultura brasileira e os avanços e conquistas obtidas sob sua gestão. O conselheiro diretor e presidente da Minasul, José Marcos Rafael Magalhães, apresentou inovações em Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e agricultura inteligente, com o desenvolvimento de proteções mais bem adaptadas e a preços justos aos produtores e trabalhadores do campo.
 
O presidente da Comissão do Café da CNA, Breno Mesquita, salientou a importância da consciência de os representantes da cadeia produtiva trabalharem e transmitirem informações condizentes com a realidade sobre a cafeicultura brasileira, com especial atenção às adversidades climáticas e seus impactos nos cafezais, de maneira que seja mantida a credibilidade das estatísticas. Já a Coordenadora-Geral de Café do MAPA, Janaína Freitas, falou sobre a gestão do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) e esclareceu os trâmites para a liberação dos recursos e suas destinações.
 
A conselheira do MRE falou a respeito do sistema multilateral do comércio, a Organização Internacional do Café (OIC) e a próxima reunião da entidade na Costa do Marfim, com as perspectivas da atuação brasileira. Marissol expôs que o objetivo da participação do Itamaraty na reunião do CNC é esclarecer aos produtores de café do Sul de Minas sobre a importância do Ministério das Relações Exteriores e da OIC, pois, por falta de informação ou por informações distorcidas, alguns entendem que não existe razão para existir um organismo internacional com apoio da diplomacia brasileira para tratar de café.
 
De acordo com ela, é necessário, portanto, demonstrar o quanto a Organização Internacional do Café contribui para a construção de política, tanto para produtores quanto para consumidores e, ainda, evidenciar o fato de termos o privilégio de contar com um brasileiro como seu diretor executivo.
 
Gabriel Bartholo ministrou uma palestra para informar sobre o andamento dos 92 Projetos de Pesquisa que estão sendo concluídos e sobre a chamada dos novos projetos para 2018. A assessora técnica do CNC, Silvia Pizzol, reportou sobre a Plataforma Global do Café e o andamento dos trabalhos neste fórum e o diretor de comunicação do Conselho, Paulo André Kawasaki, fez um breve relato sobre a importância da comunicação institucional e a realização do Projeto Café Forte e do Prêmio Café Brasil de Jornalismo.
 
MERCADO — O mercado internacional do café arábica teve uma semana negativa, à medida que as cotações foram orientadas pelo monitoramento do clima no Brasil, onde há possibilidade de retorno das chuvas em setembro, e pelo comportamento do dólar e dos fundos de investimento.
 
Segundo a Somar Meteorologia, não há previsão de mudanças no clima nas regiões produtoras brasileiras, que atravessam período de tempo seco e quente. O serviço meteorológico alerta que a seca, com temperatura acima da média para a época do ano, deve permanecer na maior parte das áreas produtoras pelo menos nos próximos nove dias. A previsão é que somente o Estado do Espírito Santo, a Zona da Mata de Minas Gerais e o sul da Bahia recebam fracas precipitações em função da umidade que vem do mar.
 
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destacou, nesta semana, que a baixa umidade e o calor, que já prejudicam as condições das plantas, também têm causado a desfolha de cafezais em algumas áreas, assim como favorecido o surgimento de algumas pragas na região do Cerrado Mineiro, como ácaros e o bicho mineiro.
 
Os pesquisadores da instituição informam que a maior preocupação está voltada para as lavouras que já apresentaram a primeira florada, principalmente nas regiões cafeeiras de São Paulo e no Sul de Minas, em especial nas que não são irrigadas.
 
Conforme o Cepea, essa apreensão se dá porque uma estiagem prolongada pode abortar as flores, impactando a produção e comprometendo o potencial produtivo futuro dos pés de café. Por outro lado, as chuvas no final de agosto amenizaram o problema no noroeste do Paraná.
 
O dólar comercial apresentou avanço de 0,9% nesta semana frente ao real, encerrando os negócios de ontem a R$ 3,1444. A divisa foi puxada pelo noticiário internacional e pelo desconforto de alguns investidores com a chegada da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer à Câmara, fato que retardará o andamento da reforma da Previdência.
 
Na Bolsa de Nova York, o vencimento dezembro do Contrato C declinou 640 pontos, ficando cotado a US$ 1,3855 por libra-peso na quinta-feira. Já na ICE Futures Europe, o contrato novembro do café robusta encerrou a sessão de ontem a US$ 2.012 por tonelada, com avanço de US$ 20 na semana.
 
No mercado físico brasileiro, as cotações acompanharam o ritmo internacional e os negócios permaneceram desaquecidos. Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 460,06/saca e a R$ 406,97/saca, com variações de -1,9% e de +1,2%, respectivamente, na comparação com o desempenho da semana antecedente.

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Fonte:
CNC

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