Pesquisa realizada pela illycaffè discute contribuição de fungos do café para identificação de terroir

Publicado em 29/10/2018 10:55
Desenvolvido pela Experimental Agrícola do Brasil e o Instituto de Tecnologia de Alimentos, estudo foi apresentado nos Estados Unidos

Além dos fatores como a altitude, o solo e o microclima, poderia a micobiota (o conjunto de fungos que habitam um ecossistema) também contribuir para a identificação de uma região terroir de café? Esse é um dos questionamentos que compõem a conclusão de um estudo inovador, apresentado recentemente por pesquisadores da Experimental Agrícola do Brasil e do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) na 27ª Conferência Internacional da ASIC (Association for Science and Information on Coffee), em Portland, Estados Unidos, no dia 17 de setembro. A Experimental é sócia da illycaffè no Brasil, sendo a responsável pela análise e compra dos cafés de alta qualidade diretamente dos produtores e a exportação dos mesmos para a sede na Itália.

Intitulada “Influência da micobiota do café de diferentes regiões do Brasil na bebida: estas regiões podem ser consideradas terroir?”, a pesquisa teve três objetivos: analisar a infecção fúngica de amostras de café beneficiados obtidos de diferentes regiões do Brasil, identificar os tipos de fungos isolados no âmbito de gênero/espécie, e relacionar a ocorrência de espécies fúngicas com as características sensoriais da bebida no espresso.

A análise micológica e as provas de xícara (infuso, diluído do espresso e espresso) permitiram identificar fungos que podem afetar tanto positivamente quanto negativamente a qualidade da bebida. Determinadas espécies tiveram maior ocorrência verificada em bebidas com avaliação negativa, enquanto que outras apareceram nas amostras de regiões com características positivas de bebida. Os cafés analisados e classificados com características positivas na qualidade da bebida vieram de regiões com características particulares como microclima, solo e microbiota.

As regiões de origem dos cafés foram Minas Gerais (nas subregiões do Cerrado Mineiro, Chapada de Minas, Matas de Minas e Sul de Minas), São Paulo, Espírito Santo e Goiás. Assinam o trabalho os pesquisadores Aldir Teixeira, Regina Teixeira, Márcio Reis, Luca Turello, Josiane Bueno e Marta Taniwaki. Mais amostras de cafés estão sendo analisadas a fim de se obter resultados mais conclusivos destas regiões.

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Fonte:
illycaffè

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