Café arábica reage nesta 5ª em NY com leves ganhos após se aproximar de mínimas de mais de 10 anos

Publicado em 21/03/2019 16:59

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Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quinta-feira (21) com leve alta. Depois de três quedas, o mercado buscou acomodação técnica. Ainda assim, o vencimento referência segue abaixo do patamar de 95 cents/lb.

O vencimento maio/19 encerrou o dia com alta de 5 pontos, a 94,80 cents/lb e o julho/19 anotou 97,55 cents/lb com 10 pontos de ganhos. O setembro/19 anotou 100,30 cents/lb com 5 pontos de avanço e o dezembro/19 registrou 104,15 cents/lb com valorização de 5 pontos.

"Os preços do café se recuperaram ligeiramente quinta-feira com cobertura de posições vendidas após perdas na quarta-feira", destacou o site internacional de mercado Barchart, além de destacar que as perdas dos últimos dias eram motivadas por ampla oferta e chuvas no Brasil.

Durante a sessão desta quinta-feira, os futuros do arábica chegaram a testar máxima de 96,30 cents/lb e mínima de 94,60 cents/lb, de acordo com dados do site de mercados Investing.

Nos últimos dias, o mercado do café arábica na ICE caiu forte, se aproximando das mínimas de 10 anos, com investidores negociando diante das informações de ampla oferta global, chuvas em áreas do cinturão produtivo do Brasil e oscilações cambiais, que impactam exportações.

"O Brasil continua a oferta e tem sido um grande vendedor e exportador nos últimos meses. Com isso, os preços estão caindo abaixo dos níveis rentáveis ​​para a maioria dos produtores mundiais", disse o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

Nos últimos dias, a empresa Volcafe estimou que a safra 2019/20 de café do Brasil, que está em desenvolvimento, poderá atingir 55,4 milhões de sacas de 60 kg. O número chega a ficar acima da estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), de 54,5 milhões de sacas.

O Rabobank, um dos principais bancos especializados de commodities, anunciou na semana passada que a safra 2019/20 de café do Brasil poderia atingir 57,6 milhões de sacas. O dado também fica acima do que os estimados pela Conab. Dados recordes de exportação no país também eram acompanhados.

O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) destacou que as exportações totais de café (verde, solúvel e torrado & moído) em fevereiro totalizaram 3,4 milhões de sacas de 60 kg e receita de US$ 449 milhões. O volume no mês foi 36,3% superior a fevereiro de 2018.

Mercado interno

Os negócios com café no mercado brasileiro continuam lentos e os preços do tipo 6 chegam a R$ 370,00 a saca. "... Os recuos dos valores externos e do dólar pressionaram as cotações dos cafés arábica e robusta, o que tem mantido a liquidez baixa no mercado doméstico", destacou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 417,00 e alta de 1,71%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 395,00 – estável. As praças não esboçaram oscilação nesta quinta.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 - estável. A oscilação mais expressiva foi verificada em Guaxupé (MG) com avanço de 1,83% e saca a R$ 390,00.

Na quarta-feira (20), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 387,99 e queda de 1,35%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • SAULO ANTONIO MELO SIQUEIRA Cássia - MG

    Boa tarde. Me desculpem a sinceridade, mas quantas asneiras nós produtores temos que ler e ouvir. A chuva chegou muito tarde. O veranico impossibilitou os cafés da primeira florada a enceherem os grãos. Os grãos estão lá. Mas secos, ´´cozinharam`` com as altas temperaturas. Não servem nem para escolha, pois não há café neles. De onde tiraram esta produção de 55, 56, 57 milhões de sacas? Andem pelo sul de minas e triangulo mineiro para verem como estão as lavouras cafeeiras. Mais grave, diante da crise grande parte dos produtores não fizeram adubações recomendadas e necessárias. O ano que vem não será de grande produção. Muitas lavouras estão com a capacidade produtiva prejudicada. Ainda, com esta umidade grande nas lavouras, várias maltratadas teremos uma possibilidade muito grande de ferrugem tardia. Caso isto aconteça a produção que já não será expressiva não irá para o ´´saco``, pois não existirá. Quanta baboseira para justificar preços baixos. Aliás Rabobank e outros têm errado em suas previsões mais que os serviços de meteorologia.Parem de trabalhar ao lado dos fundos especulativos e trabalhem com pesquisas reais que demonstram a realidade da produção e do produtor brasileiro.

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    • Fabio Fortunato São João da Boa Vista - SP

      Entendo e concordo com as alegações. A cafeicultura está acabada! Todos sabemos também como funcionam as coisas na Bolsa e não dá pra colocar a culpa dos preços em quem não deve. O Notícias Agrícolas apenas reporta o que tem acontecido nas negociações daquele local. Temos aqui informação de graça para tomar decisão nas nossas negociações! E de qualidade.

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