Safra de café do Brasil deve recuar 23% em 2021, diz Montesanto Tavares

NOVA YORK (Reuters) - O Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, deverá produzir 52,9 milhões de sacas de 60 kg em 2021, 23% abaixo do recorde de 68,21 milhões de sacas visto em 2020, disse o Grupo Montesanto Tavares nesta terça-feira.
De acordo com as estimativas da companhia exportadora, a produção brasileira de café arábica vai recuar 37%, para 31,23 milhões de sacas, enquanto a safra de robusta deve registrar alta de 17%, a 21,67 milhões de sacas.
O Brasil está entrando em um ano de baixa no ciclo bienal de produção do café arábica, que alterna anos de produções maiores e menores.
Produtores e pesquisadoras, no entanto, veem a safra recuando mais do que o esperado em 2021, devido à longa seca de 2020, que teria afetado o período de floração, levando a um potencial de produção menor.
O Grupo Montesanto Tavares é uma holding que controla fazendas, empresas exportadoras e companhias de trading de café no Brasil, Estados Unidos e Europa. É, também, um dos maiores exportadores de café do Brasil, tendo embarcado cerca de 2,4 milhões de sacas em 2020.
Ricardo Tavares, presidente da holding, espera que os preços internacionais do café subam em 2021, devido à menor oferta brasileira.
As cotações do café arábica em Nova York têm se mantido estáveis, terminando 2020 praticamente no mesmo nível em que começaram o ano.
0 comentário
Disparada do dólar consolida quedas nos futuros do café arábica no fechamento desta 6ª feira (05)
Cafeicultor de MG vira a primeira lenda brasileira do café especial do mundo
Após ganhos, mercado cafeeiro trabalhava com ajustes técnicos e realizando lucros na manhã desta 6ª feira (05)
Falta de chuva no BR faz futuros do café arábica fecharem sessão desta 5ª feira (04) com ganhos de 2%
Preço médio das exportações de café não torrado dispara 46% em novembro/25 frente ao mesmo período do ano passado
Região da Alta Mogiana registra boa florada do café, mas qualidade da próxima safra preocupa os produtores