Prefeitura de Natércia, no Sul de Minas, distribui placas para propriedades de café certificadas pelo programa do Governo

Publicado em 29/04/2021 13:45

Com objetivo de incentivar cada vez mais a certificação de seus produtores de café, a Prefeitura de Natércia, no Sul de Minas, está distribuindo, gratuitamente, placas para serem fixadas nas propriedades que conquistaram o selo do Certifica Minas Café – programa de certificação do Governo de Minas, coordenado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e seus órgãos vinculados, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

Segundo o secretário de Agricultura de Natércia, Henrique Santos Augusto, a iniciativa surgiu recentemente, após dois produtores do município obterem a certificação. “Este selo ajuda nossos produtores a buscarem novos patamares para o comércio do café. A certificação ajuda a valorizar o nosso produto, já que o consumidor hoje está muito exigente e querendo saber de onde veio e como foi produzido o café que consome”, detalha.

Além da confecção da placa, a Prefeitura de Natércia também ajuda os cafeicultores no processo de obtenção da certificação, disponibilizando um agrônomo que trabalha juntamente aos técnicos da Emater-MG. “Das duas propriedades certificadas, uma delas já está de posse da placa. Com isso, vendo os resultados, vários outros produtores de café estão interessados em se certificarem, inclusive, produtores de outros segmentos, como leite”, aponta o secretário.

O cafeicultor Carlos Rafael Fagundes, do Sítio São Joaquim, conta com orgulho sobre a placa que recebeu do município. “Ter essa placa é muito bom, pois, se você recebe alguém interessado no seu produto, assim que ele vê a placa já sabe que é um produto de qualidade”, pontua.

Fagundes recebeu o selo do Certifica Minas Café há cerca de um mês.“Tomei conhecimento com alguns amigos que já tinham e me indicaram. Além de valorizar o meu café, ele me ajuda a exportar e ter mais rastreabilidade, desde a planta até a xícara”, complementa o produtor.

 

Iniciativa é positiva para o programa

O gerente de Certificação do IMA, Rogério Carvalho Fernandes, explica que, após ser procurado pelo município do Sul de Minas, a possibilidade de produção e distribuição das placas foi levada à diretoria da entidade, que rapidamente autorizou a iniciativa. “Foi decidido pela autorização justamente por sabermos da importância desse tipo de ação, por promover a certificação, mostrando que estas propriedades são diferenciadas”, destaca.

Ainda conforme o gerente, o IMA espera, inclusive, que a iniciativa da Prefeitura de Natércia inspire outros municípios a promoverem estímulos semelhantes, aumentando a demanda pela certificação. “Percebemos que muitos produtores ainda desconhecem o programa de certificação do Governo de Minas. Com isso, quando alguém olha para essas placas, não deixa de ser um indicativo de sucesso, o que chama atenção e acaba sendo uma excelente estratégia de marketing para os certificados e para o próprio programa estadual”, complementa Fernandes. 

O superintendente de Inovação e Economia da Seapa, Carlos Eduardo Bovo, também elogia a iniciativa da Prefeitura de Natércia. “É louvável ver o município percebendo a importância dessa política pública. O Certifica Minas não é apenas para agregar valor, mas, também, para trabalhar uma série de boas práticas nas propriedades, servindo de modelo para outros produtores em busca de mais sustentabilidade, impacto social e econômico, entre uma série de benefícios”, enumera o superintendente.

 

Tangerina

Outra ação semelhante de divulgação do Certifica Minas, mas, desta vez, promovida pelo próprio produtor, aconteceu no município de Campanha, também no Sul do estado. Na fazenda Ponche Verde, que produz tangerina ponkan, o produtor Archimedes Coli instalou um outdoor, com o nome da propriedade e o selo do Certifica Minas Frutas, às margens da rodovia onde fica sua fazenda.

A fiscal agropecuária e coordenadora de Certificação de Frutas e Outros Produtos do IMA, Daniela Lazzarini, lembra que este escopo surgiu em 2019, e, mesmo diante das dificuldades impostas pela pandemia, o instituto teve a oportunidade de certificar algumas propriedades em 2020, entre elas a fazenda de Coli.

“Com a placa, ele está dando crédito a este selo de certificação, o que mostra o quanto o produtor está atualizado comercialmente. Hoje, nós vemos no supermercado que os consumidores estão buscando produtos cada vez mais confiáveis, e o selo de certificação garante a boa procedência deles”, destaca.

 

O Certifica Minas

As ações de certificação de produtos agropecuários são desenvolvidas no estado há mais de uma década. Em 2018, por meio da Lei nº 22.926/2018, o Governo de Minas transformou em política pública todas as ações de certificação agropecuária que já estavam sendo realizadas, incorporando novos produtos ao programa.

Atualmente, o IMA oferece a emissão de 14 selos específicos para cada item contemplado no Programa Certifica Minas, sendo eles: algodão, azeite, cachaça, café, carne bovina, frango caipira, frutas, leite, produtos vegetais sem agrotóxicos (SAT), queijo minas artesanal, orgânicos, ovo caipira, mel e hortaliças.

O superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Seapa, Carlos Bovo, destaca que este é o maior programa público de certificação em todo o mundo. “Ele visa democratizar o processo de certificação, principalmente para pequenos e médios produtores, já que a certificação convencional possui um custo mais elevado. O Certifica Minas é gratuito para agricultores familiares com DAP ativa e tem um custo subsidiado para os demais produtores, ficando na faixa de 10% a 15% do preço de uma certificação externa”, lembra.

Para ser certificado, o produtor precisa passar por várias etapas, que seriam: o conhecimento das normas; o preenchimento de um requerimento dirigido ao IMA, via email; e, depois da análise, é feito um plano de auditoria, com a marcação da visita de um auditor do instituto à propriedade.

“Passadas essas etapas, o produtor recebe o certificado, que tem validade de um ano e precisa ser renovado. Também autorizamos o uso do selo, que identifica o produto como certificado. Além da valorização da produção, da rastreabilidade, é importante destacar que todo o processo tem como pilares questões sociais e de meio ambiente, visando a sustentabilidade. Um outro ponto importante é a melhoria na gestão da propriedade, que vem ao encontro dos objetivos do programa. O valor agregado ao produto certificado é, sem dúvida uma realidade, porque traz maior competitividade. Ganha o produtor, o meio ambiente e o mercado consumidor que está cada vez mais exigente”, detalha Daniela Lazzarini, coordenadora de Certificação do IMA.

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Fonte:
Sec. de Agricultura de MG

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