Mais um dia de aversão ao risco e previsão de chuva no Brasil: Café começa nova semana com baixas
O mercado futuro do café arábica começou a semana com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O mercado chegou a testar leves altas e quedas técnicas, mas voltou a cair na reta final. Desde a semana passada o café está sendo pressionado pela previsão de chuva no Brasil e também pela preocupação com a demanda nos Estados Unidos e na Europa diante de uma recessão global.
Dezembro/22 teve queda de 50 pontos, negociado por 190,40 cents/lbp, março/23 teve queda de 85 pontos, cotado por 184,95 cents/lbp, maio/23 registrou baixa de 105 pontos, negociado por 182 cents/lbp e julho/23 teve baixa de 145 pontos, valendo 180,15 cents/lbp.
"Os preços do café estiveram sob pressão no mês passado, com o arábica caindo para a mínima de 13 meses na última sexta-feira, com a perspectiva de uma safra abundante de café no próximo ano no Brasil. O clima favorável no Brasil ajudou no florescimento dos cafezais e reforçou as perspectivas para a safra de café do próximo ano", voltou a destacar a análise do site internacional Barchart.
De fato as previsões mantêm a condição de chuvas no parque cafeeiro. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as chuvas devem persistir, pelo menos, até a virada do mês nas principais áreas de arábica e de conilon no Brasil. Ainda assim, esperando para ver o real impacto a longo prazo dos problemas climáticos do último ano, o produtor se mantém cauteloso e o mercado de café segue travado, com poucas negociações.
Na Bolsa de Londres, o conilon também encerrou com desvalorização. Janeiro/23 caiu US$ 43 por tonelada, negociado por US$ 1953, março/23 teve queda de US$ 41 por tonelada, cotado por US$ 1939, maio/23 teve baixa de US$ 38 por tonelada, negociado por US$ 1933 e julho/23 teve baixa de US$ 37 por tonelada, valendo US$ 1929.
No financeiro, ajudando a pressionar as commodities, o dólar avançou 3,01% e encerrou valendo R$ 5,30 na venda. "O dólar disparou acima de 5,30 reais nesta segunda-feira, com o aumento das tensões políticas no Brasil na reta final da corrida eleitoral presidencial exacerbando movimento externo de busca pela moeda norte-americana em meio a preocupações com a saúde econômica da China", destacou a análise da agência de notícias Reuters.
No Brasil, o mercado físico teve um dia de altas em algumas das principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 1,89% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.080,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 0,88%, valendo R$ 1.140,00, Machado/MG registrou alta de 1,43%, negociado por R$ 1.065,00, Varginha/MG teve alta de 2,86%, valendo R$ 1.080,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 1,76% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.154,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 0,82%, valendo R$ 1.230,00 e Varginha/MG avançou 4,55%, cotado por R$ 1.150,00.
0 comentário
Café: Apesar de quedas recentes, especialistas seguem apontando suporte dos preços no clima do BR
Café em Prosa Podcast # 186 - Conheça a história do Café Massepô, o primeiro café indígena do Mato Grosso
Estiagem prolongada no Brasil afeta produção dos cafés especiais
Café: preços seguem trabalhando com recuo no inicio da tarde desta 6ª feira (11)
Novos projetos de pesquisa são aprovados para contribuir com a cafeicultura no Amazonas
Mercado cafeeiro inicia 6ª feira (11) com baixas após chegada das chuvas no Brasil