Café: quais são os desafios climáticos para a safra 24/25 do Brasil? Confira análises da hEDGEpoint
• O foco principal no mercado de café está centrado nas condições climáticas no Brasil durante a fase crítica de desenvolvimento da safra 24/25.
• Em Três Pontas, Minas Gerais, uma região representativa para a produção de café, a precipitação acumulada de outubro a meados de dezembro está 30% abaixo do normal, aumentando as preocupações sobre possíveis impactos na produção.
• Enquanto isso, na região de São Mateus, Espírito Santo, apesar da irrigação generalizada, apenas 20% dos níveis esperados de chuva foram registrados no mesmo período, indicando uma situação mais grave.
• O atual balanço hidrológico no Sudeste reflete as condições de 2020, que precederam a quebra na safra 21/22, resultando em uma redução de 3% na produtividade média em comparação com o ano anterior de bienalidade negativa (19/20). Modelos de previsão indicam uma continuidade na redução até o início de janeiro, com áreas em Minas Gerais, Mogiana e Paraná esperando receber apenas 80% dos níveis normais de chuva.
O ponto central atual no mercado de café gira em torno das condições climáticas no Brasil, especialmente em relação ao desenvolvimento da safra 24/25. É o que mostra o recente relatório da hEDGEpoint Global Markets.
“Esta fase é crucial, pois marca o estágio de enchimento, e dados históricos indicam que a precipitação inadequada durante este período pode afetar significativamente os rendimentos. Um ponto de atenção é evidente na região de Três Pontas em Minas Gerais, onde os níveis acumulados de chuva de outubro até a terceira semana de dezembro estão alarmantemente 30% abaixo da faixa normal. Essa região depende fortemente da precipitação, tornando a situação preocupante”, diz Natália Gandolphi, analista de Café da companhia.
Enquanto isso, no Espírito Santo, especificamente na região de São Mateus, a situação se agrava. Apesar da maioria das áreas do estado ser equipada para irrigação, a região de São Mateus recebeu apenas 20% da chuva esperada durante o mesmo período.
O balanço hidrológico no Sudeste se assemelha ao registrado em 2020, que gerou a quebra de safra do ciclo 21/22. Durante esse período, a produtividade média do café caiu 3% em comparação com o ano anterior de bienalidade negativa (19/20), resultado de condições climáticas desfavoráveis. Agravando as preocupações, os modelos de previsão indicam uma contínua redução no balanço hidrológico até a primeira semana de janeiro.
“As chuvas previstas podem não ser suficientes para repor o impacto recente. Projeções apontam que as regiões no Sul de Minas Gerais, Mogiana e Paraná podem receber apenas até 80% dos níveis normais de precipitação. Essa previsão levanta preocupações sobre o potencial impacto na produção de café nessas áreas”, explica a analista.
Em resumo, o mercado de café está acompanhando de perto as condições climáticas no Brasil, especialmente nas regiões Sul de Minas Gerais e Espírito Santo, representadas aqui por Três Pontas e São Mateus, respectivamente. Os níveis de precipitação abaixo do normal representam uma ameaça significativa para a safra 24/25, evocando os desafios enfrentados em 2020, que resultaram em uma queda na produção de café. A continuidade prevista de padrões climáticos desfavoráveisaumenta as preocupações, sendo necessário manter este ponto no radar nos próximos dias.
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