Preocupação com Ásia persiste, mas robusta e arábica voltam a olhar para mesma direção
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Já tem alguns meses que as altas do café robusta ajudam também na precificação do arábica. A baixa na produção da Ásia e a demanda aquecida fez com os que os preços deste café ganhassem destaque, ficando inclusive acima do arábica por um longo período. Mas de acordo com Gil Barabach, analista da Safra & Mercado, nas últimas semanas os terminais de Londres e Nova York voltaram a seguir na mesma direção.
"Isso quer dizer que o robusta perdeu força de deslocamento positivo em relação ao arábica e um dos fatores pra isso é que o robusta está caro em relação ao arábica e isso já movimenta a indústria", afirma o analista.
É importante ressaltar que o mercado já precificou e entendeu que as principais origens produtoras de robusta como Vietnã e Indonésia devem ofertar menos ao mercado no próximo ciclo, mas o analista pontua que a partir de abril novos cafés começam a entrar no mercado e devem pressionar as cotações.
"Tem bastante coisa para andar ainda, mas temos também um sinal positivo para a safra do Vietnã no final do ano. Então também é um movimento que a gente está observando, uma tentativa de andar mais próximo ao arábica no primeiro momento. A chegada da safra brasileira e a chegada do robusta de outras origens de robusta pode movimentar preço e equilíbrio desse café", afirma.
O produtor de conilon do Brasil precisa estar atento para os próximos meses, apesar do café brasileiro ainda ser mais competitivo no mercado. "A princípio o El Niño nos abandona, pode ter La Niña no final do ano e isso é favorável para a produção da Ásia, naturalmente isso vai afetar a curva de preço", complementa.
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