Torrefação da Cooxupé completa 40 anos e se prepara para desafios futuros
Fundada em setembro de 1984, a indústria torrefadora da Cooxupé está comemorando 40 anos de atividades, potencializando nesse período a produção e venda de café torrado e moído no varejo brasileiro.
Consumidores dos estados de Minas Gerais, São Paulo e do Rio de Janeiro encontram os cafés assinados pela cooperativa, como Evolutto e Prima Qualità, nas gôndolas dos supermercados, enquanto que o e-commerce garante o abastecimento em outras áreas do País, ampliando neste canal de vendas a oferta de produtos, dentre eles as marcas Terraza e Safra Especial, máquinas para espresso e acessórios.
Atualmente, a Torrefação da Cooxupé é a sétima maior indústria torrefadora do país, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC). E de acordo com o Ranking SA+ Ecossistema de Varejo, publicado em junho pela revista que é referência no setor varejista, está entre os principais fornecedores de café do Brasil.
Início da trajetória
Na década de 80, a Cooxupé contava com um pequeno torrador e fazia seu próprio café para servir aos visitantes, que elogiavam a qualidade, sabor e o aroma. Além disso, existia um anseio do cooperado em ter seu café industrializado.
“Naquela ocasião, éramos uma cooperativa pequena. O cafeicultor enviava o produto, nós separávamos alguns quilos para torrar em um torrador pequeno que tinha no armazém e ele levava esse grão torrado para casa. O primeiro ‘ensaio’ de Torrefação foi esse. Depois, veio outro anseio: por que não ter o café moído da Cooxupé no mercado? Para unir tudo isso, o primeiro passo foi comprar a empresa Torrefação de Café Guaxupé Ltda., que ficava na entrada da cidade mineira de Guaxupé e tinha capacidade para processar até 2 mil sacas do grão por mês”, explica Mário Panhotta da Silva, superintendente de Torrefação e Novos Negócios da Cooxupé.
O primeiro produto lançado no mercado foi o Café Cooxupé, vendido nas praças de São Paulo, Santos, Campinas, Ribeirão Preto, Orlândia, São João da Boa Vista, no estado de São Paulo, além de Belo Horizonte e Guaxupé, em Minas Gerais. Depois, com as evoluções e crescimento da indústria torrefadora, a marca migrou para Evolutto, incluindo também o ‘nascimento’ da marca Prima Qualità, estabelecendo um novo momento para a cooperativa.
Ampliação
Com a produção de novas marcas e entradas em três estados brasileiros, a Cooxupé construiu uma planta fabril, no Complexo Japy, em Guaxupé, elevando a capacidade de produção da indústria.
“Saímos de uma produção de 120toneladas por mês para uma fábrica com uma capacidade de 500 toneladas mensais por turno. Hoje, temos uma capacidade de 2.700 toneladas e, com uma produção que conta com uma operação em três turnos, a ordem de 1.300 a 1.400 toneladas mensais. Então, são dois grandes marcos em nossa história: o primeiro foi a alteração das marcas, em uma estratégia de consolidação de café industrializado, desvinculando o negócio Cooxupé e trazendo as marcas Café Evolutto e Prima Qualità. O segundo foi a construção da nova planta industrial”, afirma Mário.
Futuro
De acordo com o superintendente, todas as faixas etárias consomem café atualmente, incluindo especialmente os jovens, atraídos pelas monodoses. Este novo perfil consumidor de café é muito exigente, preocupado com a sustentabilidade.
“Temos o Gerações, protocolo de sustentabilidade próprio da Cooxupé, além das ações da Torrefação como a utilização de energia renovável. Também temos uma certificação de processos quanto à segurança do alimento, a FSSC 22000, que monitora os nossos processos físicos, químicos e biológicos da produção de café”, aponta Mário.
O superintendente afirma que o brasileiro e o mundo não vão deixar de tomar café. Isso porque o produto tem grande participação no mercado e é a segunda bebida mais consumida do Brasil, após a água.
“Precisamos ter processos industriais extremamente competitivos e entender o consumidor. Os métodos de consumo vêm mudando e sabemos que daqui a 10 ou 20 anos, o que existe hoje no mercado estará defasado. Nosso grande papel é estar antenado a esse movimento e, desde já, compreender que o público exige preço, ESG, rastreabilidade, grau de responsabilidade da empresa e saber quem produz e onde produz o café que toma”, reforça Mário.
Para o presidente da Cooxupé, “tudo o que conquistamos não é só porque temos café. É porque temos história, segurança alimentar, 20 mil famílias cooperadas e tudo isso faz sentido para quem compra nossos produtos”, considera Carlos Augusto Rodrigues de Melo.
1 comentário
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Rodrigo Octavio de Campos Ramos Itupeva - SP
Cooxupé é sempre referência quando se fala de café de qualidade. Parabéns pelos 40 anos industrializando! Fundamental partir para cápsulas, padrões diferentes e sabores que encantem o consumidor de café de boa qualidade. Sucesso!!!
SEO RODRIGO, na minha humilde opinião: A invenção das cápsulas de cafés, foi o GOLPE FINAL NO PRODUTOR DE CAFÉ. Explico: No mundo existem plantios comerciais de duas espécies de café. O café robusta e o café arábica. Sendo o arábica que determina o sabor da bebida do café. Existem (no meu tempo) quatro tipos de bebidas: rio, riado, duro, mole. Segundo o paladar de cada população (Brasil, Itália, Alemanha) o tipo de bebida é oferecido no mercado. Aí se explica a necessidade de se testar o lote de café nos quesitos defeitos & bebida. Os compradores exportadores sabem muito bem como devem ser misturados os lotes para ser exportado para a Itália, por exemplo. Por que citei a Itália? No tempo que produzia café, para meus patrões, todas as amostras eram encaminhadas ao corretor CARVALHAES em Santos. O volume que produzíamos era na casa dos milhares de sacos beneficiados, quero dizer que não era muito não, mas dava pra ter uma panca de produtor. No paraná, o máximo que conseguia era café de bebida dura, Enquanto em Minas Gerais, com menos cuidado na colheita e pós colheita o percentual de lotes de bebida mole, sempre era maior que 60% da colheita. Ou seja, o clima é relevante para se obter bebidas de alta qualidade e, lógico de maior valor. Mas, vamos ao busílis: Com o advento da capsula, as industrias só querem a cafeína, pois os sabores eles adicionam na capsula e com o modismo de consumir café em capsula, as industrias estão condicionando novos paladares no consumidor e tirando da renda do produtor "aquele algo mais" que ganhava em ter seu produto diferenciado. Mas, isso é só um "chorão" que não aceita o progresso, não é. Então me diga: Qual é a produção vietnamita de café e qual é o nível de renda anual do produtor de lá? É só pra tomar consciência da migração da produção para um país com menor renda, pois o mercado já não exige mais qualidade implícitas no produto. A cafeína do pior café do Brasil é igual a cafeína do café do Vietnam.