Café: Dificuldades climáticas impactam a safra 2025
A safra mineira de café deve alcançar 24,8 milhões de sacas, em 2025, com redução de 11,6% na comparação com o volume da safra anterior de 28 milhões de sacas. A área em produção deve alcançar pouco mais de 1 milhão de hectares, com redução de 2,4%. Os dados fazem parte do 1° Levantamento da Safra de Café da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Segundo o Secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, nos últimos anos, a produção de café em Minas e nos principais países produtores vem enfrentando desafios em função das questões climáticas. “As lavouras enfrentaram ondas de calor, escassez e irregularidade de chuvas, especialmente nos meses que antecederam a floração. Outro ponto é que este é um ano de bienalidade negativa, quando as lavouras apresentam rendimento menor em relação à safra anterior. Com a estimativa de redução do volume, estoque limitado e demanda firme, o cenário se mantém positivo para os produtores”, avalia.
Mais recursos
Os cafeicultores mineiros contam com mais R$ 96 milhões disponíveis para financiamentos na linha Funcafé ofertada pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). O volume extra de recursos financeiros será disponibilizado após o banco desembolsar, em pouco mais de três meses, todo o montante direcionado ao café na Safra 2024/2025 e, assim, buscar mais recursos para operar.
Na avaliação do Secretário Adjunto de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Ricardo Albanez, o momento é muito oportuno. “Nós precisamos reformar o parque cafeeiro do estado e também fortalecer essa cadeia, que é muito importante para Minas, ao gerar renda e emprego, em uma atividade que está em mais de 150 mil propriedades rurais, em mais de 1 milhão de hectares”, considera.
Ao todo, serão R$ 330 milhões disponibilizados na linha Funcafé para comercialização, compra e venda e capital de giro na Safra atual, volume 40% superior ao ofertado e liberado pelo BDMG em 2023/2024. Os financiamentos chegarão às cooperativas, produtores e empresas, incentivando o agronegócio no estado.
Carro-chefe das exportações
No feito histórico em que o agronegócio mineiro superou, pela primeira vez, a receita das exportações do setor de mineração no Estado, o café foi o grande protagonista A receita da commodity foi de US$ 7,9 bilhões, representando 46,1%, do total comercializado pelo agro que foi de US$ 17,1 bilhões em 2024.
O volume exportado - 31 milhões de sacas - superou a safra de 28,1 milhões de sacas produzidas em 2024. A demanda foi tão grande que os produtores mineiros precisaram se valer de seus estoques, guardados em cooperativas ou armazéns próprios.
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