USDA prevê queda na safra de café arábica nos principais países produtores da variedade
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O mercado de café está passando por uma série de desafios e oportunidades em diferentes regiões do mundo. Relatórios anuais divulgados nesta segunda-feira (19) pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), apontam para uma queda na produção de café arábica no ano-safra 2025/26 nos principais países produtores da variedade. Já o cenário mundial do conilon/robusta é mais favorável, devido ao melhor clima nas regiões produtoras.
Para a produção total de café do Brasil, o Departamento estima um total de 65 milhões de sacas de 60 kg para essa temporada, o que equivale um aumento de 0,5% em relação à safra anterior. Muitas regiões do Brasil vivenciam um ano negativo no ciclo bienal do café. Diante disso e de condições climáticas adversas ao longo de 2024, especificamente em Minas Gerais, que prejudicaram o desenvolvimento dos frutos, a produção de arábica foi estimada em 40,9 milhões de sacas, contabilizando uma redução de 6,4% em relação à safra anterior. A safra 2025/26 de robusta foi projetada em 24,1 milhões de sacas, 15% acima dos 21 milhões projetados em 2024. Diferente do cenário do arábica, o aumento na produção desta variedade está atribuído às condições climáticas favoráveis nas principais áreas produtoras no país, que levaram à floração eficaz e a uma ampla quantidade de cerejas, especialmente no Espirito Santo e na Bahia, com apenas um leve impacto negativo em Rondônia.
Outro grande produtor mundial de café arábica, a Colômbia, enfrentou padrões de chuvas intensas, que prejudicaram a maturação das flores. Consequentemente, a produção do país foi impactada e apresenta uma redução de 5,3%, contabilizadando um total de 12,5 milhões de sacas para safra/25.
Mas, o clima já foi mais favorável nos principais países produtores de café conilon/robusta, contribuindo assim para um bom desempenho na produtividade da variedade no cenário global.
Para 2025/26, o USDA prevê que produção do Vietnã aumente para 31 milhões de sacas, resultado também dos altos preços de comercialização, que levaram os produtores a investirem no manejo da cultura e em mais insumos. Já para a Indonésia, a safra/25 deve crescer 5%, atingindo 11,3 milhões de sacas.
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