Café: Bolsas operam ainda em alta nesta 3ª com clima adverso no Brasil e no Vietnã

Em uma terça-feira (3) de baixas generalizadas para as commodities agrícolas, os futuros do café se destacam e continuam subindo. Na Bolsa de Nova York, o arábica sobe mais de 0,5% e o vencimento dezembro acima dos 400 cents de dólar por libra-peso. O contrato era negociado a 407,40, enquanto o março tinha 387,55 cents/lb. 

"Os fundamentos de mercado continuam os mesmos: as incertezas climáticas que seguem afetando a produção de café do Brasil e dos demais principais países produtores; os baixos estoques globais, e a expressiva queda em 2025 dos embarques de café do Brasil, maior produtor e exportador mundial", explica o analista de mercado e diretor do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes.

O mercado ainda permanece volátil, porém, também muito atento aos cenários climáticos. Além do arábica no Brasil, o robuta no Vietnã também preocupa, com a possibilidade de o país ser afetado por um tufão entre quinta e sexta-feira desta semana, podendo causar estragos em áreas cafeeiras. Com isso, os ganhos para esta variedade na Bolsa de Londres também passam de 0,5% nas posições mais negociadas nesta terça-feira. 

Neste ambiente, os futuros nas bolsas permanecem sustentados, apesar de bastante voláteis, ao passo em que, no Brasil, a comercialização permanece travada. Os atuais patamares do arábica são os mais altos em uma semana em Nova York.

"No mercado físico brasileiro, os compradores melhoraram suas bases, mas não acompanharam a forte alta na ICE em Nova Iorque. O volume de vendas continua abaixo do usual para esta época do ano. Os vendedores recusam grande parte das ofertas. As fortes e rápidas oscilações nas bolsas de Nova Iorque e Londres dificultam a formação de preços e o fechamento de um volume maior de negócios. Há interesse comprador para todos os padrões de café", complementa Carvalhaes.