Importação de carne da China sobe para recorde, enquanto contêineres liberam alfândega

As importações de carne da China subiram para um recorde em março, com recipientes de carne de porco congelada, frango e carne bovina finalmente desembaraçando as alfândegas, depois de terem sido adiados pelo surto de coronavírus.

O país importou 919.000 toneladas de carne e miudezas, segundo dados alfandegários divulgados terça-feira (14). As compras de carne de porco atingiram 390 mil toneladas, enquanto a carne bovina ficou em 213 mil toneladas, disse um porta-voz da alfândega em entrevista coletiva em Pequim.

Embora os dados mostrem um grande aumento nas remessas, muitas das compras foram feitas no início do ano, com os compradores antecipando um salto na demanda durante o Ano Novo Lunar. No entanto, a crise vírus explodiu enquanto os embarques estavam em trânsito, causando carne de porco congelada, frango e recipientes de carne para amontoar-se em alguns portos como o país se agachou para parar a propagação do vírus.

Enquanto a economia da China está reiniciando gradualmente, os analistas esperam que as importações de carne desacelerem nos próximos meses. Enquanto os restaurantes estão começando a reabrir, a demanda ainda não se recuperou completamente, com muitos consumidores ainda preocupados em comer fora. Além disso, as escolas ainda estão fechadas, o que significa que não há demanda em suas lanchonetes.

Os preços domésticos da carne suína da China enfraqueceram este mês, após frequentes lançamentos semanais de carne suína das reservas estatais, à medida que o país registra vários novos casos de peste suína africana. A queda nos preços da carne suína em relação aos níveis recordes do ano passado esfriou a inflação de alimentos do país em março.

"Os preços recordes da carne suína prejudicaram o consumo doméstico no ano passado", disse Lin Guofa, analista sênior do Bric Agriculture Group, uma empresa de consultoria com sede em Pequim. "Esperamos que a demanda caia ainda mais este ano."