USDA: China continua puxando (e muito) a importação de carnes

Publicado em 13/07/2020 09:01

Em novo relatório sobre as tendências de produção, consumo e comércio mundial de carnes, o Departamento de Agricultura dos EUA observa que o déficit de proteína ocasionado pela Peste Suína Africana faz com que “a demanda chinesa por carne importada permaneça incrivelmente forte”, situação que impulsiona o comércio internacional do produto.

Nas palavras do USDA, apesar dos ventos contrários causados pela Covid-19 e das interrupções na economia e no food service, o aumento de demanda nos cinco primeiros meses de 2019 superou as expectativas. Daí as previsões de importação das carnes suína, bovina e de frango pela China terem sido revisadas, todas, para cima. Junto com as importações chinesas, cresce também a produção mundial das carnes de frango e bovina. Mas o consumo global das três carnes tende a uma redução da ordem de 4%.

A participação da China no comércio mundial continua aumentando de forma expressiva. Considerado o conjunto dos maiores importadores, já responde por 28% do total negociado, contra pouco mais de 20% em 2019. Individualizadas essas importações segundo o tipo de carne adquirida no mercado internacional, 43% são de carne suína, 29% de carne bovina e perto de 10% de carne de frango.

Mas esse aumento de participação fica bem mais visível ao se comparar (gráficos inferiores, abaixo) a participação chinesa prevista para 2020 com aquela registrada quatro anos atrás, em 2016, ou seja, bem antes que a produção local de suínos fosse afetada pela Peste Africana.

Nesta última previsão, o USDA mantém a expectativa de queda nas importações de carne de frango: projeta redução anual próxima de 3%, enquanto estima aumento de 0,64% para a carne bovina e de quase 21% para a carne suína.

As exportações mundiais de carne de frango também deverão sofrer redução. Mas, nas projeções do USDA, o retrocesso será mínimo, não chegando a meio por cento. O Brasil está excluído dessa queda, prevendo-se que suas exportações aumentem mais de 5%. Em essência, devido aos quase 60% de aumento das importações chinesas.

*Nota do AviSite: Embora divulgadas na semana passada, as novas tendências apontadas pelo USDA são anteriores ao procedimento chinês de suspender, aqui e ali, a importação de abatedouros com relato de Covid-19 entre os funcionários. Isto pode alterar algumas das projeções efetivadas.

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Fonte:
AviSite

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