China diz ter encontrado coronavírus em pacotes de carne suína do Brasil. ABPA rebate

Publicado em 31/10/2020 19:04 e atualizado em 31/10/2020 19:38

Governo de Shandong (provincia da China) emite alerta após encontrar coronavírus em pacotes de carne suína do Brasil, diz a Reuters

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PEQUIM (Reuters) - Pacotes de um lote de carne suína congelada importados do Brasil que entraram em um distrito da província de Shandong, leste da China, tiveram resultado positivo para coronavírus, informou o governo local.

Moradores do distrito de Wendeng, na cidade de Weihai, que podem ter entrado em contato com a carne suína devem informar às autoridades, disse o governo local.

As autoridades não informaram de qual empresa brasileira é a carne congelada.

Contaminação de covid-19 em embalagem de carne pode ter ocorrido no transporte, rebate ABPA

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A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que a embalagem de carne suína do País identificada na China com traços de covid-19 pode ter sido contaminada durante o transporte.

Em nota, a entidade informou que está em contato com as autoridades brasileiras para apoiar a apuração do caso ocorrido no distrito de Wendeng, na cidade de Weihai.

-- "As informações divulgadas até aqui destacam que os traços de covid-19 eventualmente encontrados estavam na embalagem do produto, o que indica que a contaminação deve ter ocorrido fora da unidade produtora - por exemplo, em uma das várias etapas de transporte até a chegada ao destino", destaca a ABPA, em nota.

A entidade lembra, ainda, que não há evidências científicas de que a carne possa transmitir o vírus.

Mais cedo, o governo da província chinesa de Shandong informou ter encontrado traços de covid-19 em uma embalagem de carne suína importada do Brasil, conforme agências de notícias. O nome da empresa brasileira responsável pelo produto não foi divulgado.

Ministério da Agricultura informa que há vigilancia constante nos frigoríficos brasileiros

Relatório do SIF aponta que não houve paralisação de frigoríficos em decorrência da Covid-19 em setembro

O Serviço de Inspeção Federal (SIF) divulgou na quinta-feira (29) o sétimo relatório de atividades que vem acompanhando os impactos decorrentes da pandemia do coronavírus (Covid-19) nas atividades essenciais realizadas pelo serviço. Segundo o documento, em setembro não foi registrada nenhuma paralisação de atividades de abatedouros frigoríficos sob inspeção federal por motivos relacionados à ocorrência do vírus. 

“O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento mantém comunicação constante com as empresas e representantes do setor produtivo visando atualizar qualquer situação relacionada à possível transmissão do Covid-19 nas unidades industriais”, destaca a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Ana Lúcia Viana. 

Assim como em agosto, no mês de setembro o SIF registrou aumento de 48% na emissão de certificados sanitários para produtos de origem animal, em comparação ao mesmo mês em 2019. A certificação sanitária assegura que os produtos e os sistemas de produção atendem a todos os requisitos acordados com os países para os quais o Brasil exporta seus produtos. 

Em relação à fiscalização de abatedouros, foram realizados em setembro 109 turnos adicionais de abate requisitados de forma emergencial pelos frigoríficos de aves, bovinos e suínos registrados junto ao SIF. “As medidas de gerenciamento e o comprometimento dos auditores fiscais federais agropecuários e equipes técnicas têm permitido atender de forma satisfatória e segura essas demandas por abates extras”, disse Viana. 

Ainda segundo o levantamento, as solicitações de Licenças de Importação (LI) de produtos de origem animal para avaliar se os produtos são provenientes de empresas e países que não contenham restrições sanitárias tiveram um aumento de 20% em comparação a agosto de 2020. O total de LIs analisadas foi de 6.677, com tempo médio de análise de três dias. Esse é maior número de LIs analisadas desde março. 

Atualmente, estão registrados no SIF 3.330 estabelecimentos de produtos de origem animal nas áreas de carnes e produtos cárneos, leite e produtos lácteos, mel e produtos apícolas, ovos e pescado e seus produtos derivados, além de 2.999 estabelecimentos de produtos destinados à alimentação animal. 

China relata seis novos casos transmitidos localmente (dentro do País), diz a agencia chinesa Xinhua

Beijing, 31 out (Xinhua) -- Seis novos casos de COVID-19 transmitidos localmente foram relatados nesta sexta-feira na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, noroeste da China, informou neste sábado a Comissão Nacional de Saúde.

Ao todo, 38 novos casos assintomáticos, incluindo 23 vindos de fora do continente chinês, foram relatados, informou a comissão em seu relatório diário.

Vinte e sete casos confirmados vindos de fora da parte continental da China foram reportados também na sexta-feira.

Dois novos casos suspeitos de COVID-19 de fora do continente foram relatadas em Shanghai. Não foram notificados novos óbitos relacionados à doença.

Dos novos casos importados, oito foram relatados em Shanghai, quatro em Tianjin, quatro em Sichuan, três em Zhejiang e Guangdong cada, e um em Hebei, na Mongólia Interior, Hunan e Yunnan, segundo a comissão.

Na sexta-feira, 17 pacientes com COVID-19 receberam alta hospitalar após recuperação no continente chinês.

Até o final do mesmo dia, 3.359 casos importados haviam sido notificados na parte continental, dos quais 3.060 receberam alta hospitalar após a recuperação e 299 permaneciam hospitalizados. Nenhuma morte entre os casos importados foi notificada.

Até sexta-feira, o total de casos confirmados de COVID-19 no continente havia chegado a 85.973. Destes, 355 pacientes ainda estavam em tratamento, incluindo nove em estado grave.

Ao todo, 80.984 pacientes receberam alta após a recuperação e 4.634 morreram da doença no continente, segundo a entidade.

Havia cinco casos suspeitos de COVID-19 no continente, enquanto 13.280 contatos próximos ainda estavam em observação médica depois que 653 tiveram alta na sexta-feira, de acordo com a comissão.

Na sexta-feira, nove casos assintomáticos foram reclassificados como casos confirmados, enquanto 611 casos assintomáticos, incluindo 449 de fora da parte continental, ainda estão sob observação médica.

Até sexta-feira, 5.320 casos confirmados, incluindo 105 mortes, haviam sido notificados na Região Administrativa Especial de Hong Kong, 46 na Região Administrativa Especial de Macau, e 554 casos, incluindo sete mortes, em Taiwan.

Um total de 5.082 pacientes em Hong Kong, 46 em Macao e 514 em Taiwan tiveram alta dos hospitais após recuperação.

Mais 14 pessoas testam positivo para COVID-19 no sul de Xinjiang

Urumqi, 29 out (Xinhua) -- Quatorze pessoas no distrito de Shufu da sub-região de Kashgar, na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, noroeste da China, testaram positivo no teste para a COVID-19 na quinta-feira, informaram as autoridades locais.

Uma nova rodada de teste grátis que abrange todo o distrito foi realizada nesta quinta-feira em Shufu, segundo Wang Xijiang, vice-diretor do centro de controle e prevenção de doenças de Kashgar.

Todas as 14 pessoas testaram anteriormente negativo e foram isoladas em quarentena para observação médica depois que um programa de teste de COVID-19 para todas as 4,75 milhões de pessoas em Kashgar foi concluído em 27 de outubro após o relato de novos casos locais, disse Wang.

Até quarta-feira, Xinjiang tinha 45 casos confirmados de COVID-19, dos quais três estavam em condição crítica, e 138 eram casos assintomáticos, todos no distrito de Shufu.

No Estadão: 2/3 dos paulistanos discordam de veto de Bolsonaro à compra de vacina chinesa (Pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo)

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Dois terços dos paulistanos discordam do veto do presidente Jair Bolsonaro à compra de uma vacina chinesa contra a covid-19, mostra pesquisa Ibope /Estadão/TV Globo. Realizado com 1.204 pessoas entre os dias 28 e 30 de outubro.

O levantamento quis saber se os entrevistados concordavam ou discordavam de Bolsonaro na decisão de não comprar o imunizante desenvolvido na China mesmo que ele seja aprovado pelas autoridades competentes da área da saúde.

A maioria absoluta dos participantes da pesquisa (54%) disse discordar totalmente da postura do presidente. Outros 13% afirmaram "discordar em parte".

Entre os apoiadores da decisão, 19% relataram concordar totalmente com Bolsonaro e 8% disseram concordar em parte. Dois por cento afirmaram não concordar nem discordar e outros 3% não souberam opinar ou não responderam. A margem de erro da pesquisa é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos.

No último dia 21, Bolsonaro afirmou, em entrevista à Rádio Jovem Pan, que não comprará a vacina desenvolvida na China mesmo se ela receber registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O presidente referia-se à Coronavac, imunizante desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã e que está na última etapa de testes clínicos no Brasil.

Naquele mesmo dia, ele havia desautorizado o ministro Eduardo Pazuello e vetado a compra de 46 milhões de doses do produto pelo Ministério da Saúde.

Os mais jovens são os mais críticos a essa postura de Bolsonaro. Entre os entrevistados de 16 a 24 anos, 78% disseram discordar do presidente totalmente ou em parte.

A faixa etária de 35 a 44 anos é a única em que a maioria absoluta não discorda totalmente do presidente: são 49% nessa situação. Mas na soma das respostas dos que discordaram em algum grau nesse grupo, o porcentual ainda é alto: 68%.

Na análise por sexo, as mulheres demonstram postura um pouco mais crítica: 69% de discordância das participantes do sexo feminino, ante 65% dos entrevistados homens. Pouca diferença também nas respostas segundo raça/cor dos entrevistados. De acordo com a pesquisa, o índice de pretos e pardos que discordam do posicionamento do presidente (69%) é levemente superior ao observado entre brancos (65%).

No recorte por renda familiar, são os mais pobres os que mais discordam da postura do presidente. No grupo que ganha até um salário mínimo, 59% disseram discordar totalmente de Bolsonaro e outros 12% afirmaram discordar em parte, totalizando 71% de desaprovação. Os entrevistados no grupo de renda entre 2 e 5 salários mínimos têm o menor índice de discordância: 66%.

Os participantes com ensino superior são os que mais reprovaram a conduta do presidente: 59% de discordância total nesse grupo, ante 49% entre os entrevistados com ensino médio.

A maior diferença foi observada quando os dados foram analisados conforme a religião do entrevistado. Enquanto entre os católicos, o índice de discordância é de 72%, entre os evangélicos, a taxa ficou em 57%.

Especialista

Para Natalia Pasternak, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo e presidente do Instituto Questão de Ciência, o resultado demonstra que, independentemente de preferências políticas, a população confia nas vacinas e acredita nos órgãos regulatórios.

-- "A maioria das pessoas sabe que quem é responsável por determinar se uma vacina é segura ou não é a autoridade de saúde. Elas entendem que a vacina contra a covid, desde que tenha eficácia e segurança, é a melhor ferramenta para voltarmos à normalidade. Além disso, a população brasileira, por todo o histórico do Programa Nacional de Imunizações, tem confiança nas campanhas de vacinação."

Governo.

A posição de Bolsonaro cria discordância dentro do próprio governo. Ontem, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou, em entrevista à revista Veja, que a polêmica em torno da Coronavac é "briga política" com o governador João Doria e disse que "é lógico" que o governo federal vai comprar o imunizante.

"Já colocamos os recursos no Butantã para produzir essa vacina. O governo não vai fugir disso aí", afirmou o vice-presidente à revista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Fonte:
Reuters/Estadão Conteúdo/Xinhua

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1 comentário

  • Joacir A. Stedile Passo Fundo - RS

    Todas as noticias desta coluna são de viés esquerdista! O NA parece gostar!

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