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NOAA mantém La Niña no Verão e possível transição para neutralidade entre fevereiro e abril de 2023

Publicado em 13/10/2022 10:52 e atualizado em 13/10/2022 11:25
Modelos mostram que redução nos volumes de chuva no RS já é esperado para última semana de outubro

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Segundo atualização divulgada na manhã desta quinta-feira (13) pela Administração Atmosférica e Oceânica (NOAA), a fase de neutralidade do La Niña deve acontecer entre os meses de fevereiro e abril de 2023.  

"No entanto, prever o momento das transições é um desafio e continua a haver incerteza sobre quanto tempo o La Niña pode durar. Em resumo, há 75% de chance de La Niña durante o inverno do Hemisfério Norte (período de Verão no Brasil) de 2022-23, com 54% de chance de ENSO-neutro em fevereiro-abril de 2023", afirma a publicação. 

Esse é o terceiro ano consecutivo do evento climático La Niña podendo afetar a safra de grãos do Brasil. No ano passado, os problemas não ficaram restritos apenas aos três estados da região Sul, mas também foram registrados problemas na produção dos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais. Além dos grãos, o produtor de café e laranja também foram prejudicados pelas condições climáticas. 

Para este ano, os meteorologistas falam em intensidade entre fraca e moderada, com os maiores impactos nas lavouras do Sul do Brasil, sobretudo no Rio Grande do Sul. 

Nas últimas semanas choveu bastante na região, inclusive com problemas na infraestrutura dos estados, mas de acordo com especialistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas, essa é uma condição passageira. A tendência é que a partir do dia 20 de outubro já aconteça redução na precipitação, com destaque para o Rio Grande do Sul que deve ser o mais impactado. 

A atualização do modelo de previsão estendida, também divulgada nesta manhã pela NOAA, mostra que nos próximos sete dias as chuvas ainda continuam acontecendo no Sul do Brasil. De forma irregular no Rio Grande do Sul, mas com volumes entre 40mm e 60mm em Santa Catarina e no Paraná. 

A partir do dia 21, o modelo já mostra o corte nas chuvas. O modelo chama atenção para o Rio Grande do Sul, onde não há previsão de nenhuma chuva até o dia 29 de outubro em boa parte do estado. Santa Catarina e Paraná ainda podem receber alguma umidade, porém com volumes baixos. 

Veja o mapa de previsão de precipitação estendida: 

NOAA
Fonte: NOAA 


O modelo de previsão de anomalias de precipitação para os meses de outubro, novembro e dezembro, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), também já indica redução nas chuvas nos três estados. 

Segundo o Inmet, no Rio Grande do Sul, o acumulado deve ficar entre 100mm e 200mm abaixo da média. Em um ponto isolado da região oeste, esse volume pode chegar a -300mm.  Em Santa Catarina, o Inmet prevê volumes entre 50mm e 100mm abaixo da média histórica. No Paraná, as chuvas podem ficar entre 10mm e 50mm, podendo chegar a 100mm em algumas áreas. 

Já para a região Centro-Norte do país, o Inmet prevê chuvas dentro ou acima da média esperada em boa parte. Vale lembrar que no ano passado, o La Niña trouxe também muitos problemas para o Vale do São Francisco com excesso de chuvas nas áreas da frutas. O setor ainda tenta se recuperar a adversidade climática. 

Veja o mapa de previsão de anomalias do Inmet: 

Anomalias Inmet

 
 

Defesa Civil de Santa Catarina emite alerta para chuvas intensa e temporais 

Desde o início da semana, o estado de Santa Catarina recebe chuvas significativas. Os volumes já ultrapassaram a média esperada para o mês. 

Para esta quinta-feira (13), a Defesa Civil do estado emitiu novo alerta. Segundo a publicação, a chuva acontece devido a associação do fluxo de calor e umidade vindo da região amazônica e a sistemas de baixa pressão que se deslocam pelo Sul do brasil. 

"A chuva volta a ser intensa no estado, principalmente no Planalto Norte, Litoral Norte, Alto e Médio Vale do Itajaí e em parte do Meio-Oeste, onde são esperados acumulados bem expressivos, entre 75 a 100mm, com pontuais ainda mais altos", afirma a Defesa Civil. 

Veja o mapa divulgado pela Defesa Civil: 

Defesa Civil SC
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Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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