2ª quinzena de janeiro promete ser de chuvas de mais de 200 mm na maior parte do BR; umidade já impacta colheita da soja
A segunda quinzena do mês de janeiro promete ser ainda mais chuvosa, com precipitações acumuladas que podem ultrapassar os 200 milímetros na maior parte do Brasil entre os dias 17 a 25 de janeiro, de acordo com a atualização da Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA).
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já aponta nesta segunda-feira (09) diversos alertas de chuvas intensas pelo país. Um deles, por exemplo, mostra acumulados que podem chegar a 100 mm/dia em pontos dos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e outros.
"Chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (60-100 km/h). Risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas", destacou o instituto em nota. Outros pontos do país têm alertas menos severos.
Veja o mapa de alertas deste início de semana:
"Os próximos dias têm condição de muita chuva, principalmente nessa parte central do Brasil, mas há uma notícia que mais pro final de janeiro pode haver um veranico. Acreditamos que isso vá acontecer, segundo a climatologia", diz Mamedes Luiz Melo, meteorologista do Inmet.
No mapa estendido do NOAA, porém, o acumulado de chuvas tende a ser expressivo. Entre os dias 09 a 17 de janeiro, o modelo norte-americano mostra chuvas espalhadas pelo Brasil, condição que já tem impactado a colheita da soja da safra 2022/23.
Os maiores volumes, porém, têm destaque na maior parte do país no período entre 17 a 25 de janeiro, com volumes de chuva que podem ultrapassar os 200 mm em nove dias. Apenas alguns postos ao Sul e Nordeste do país é que devem ter condição mais firme.
Veja o mapa de precipitação acumulada estendido em todo o Brasil:
As chuvas dos últimos dias já têm impactado o início dos trabalhos de colheita da soja da safra 2022/23 e a previsão de continuidade das precipitações já preocupa. "A colheita da safra 2022/23 de soja já caminha nas primeiras áreas dos estados de Mato Grosso e Rondônia, mas o ritmo ainda é lento devido à umidade – algo comum para o Cerrado nesta época do ano", diz a AgRural.
Até o momento, a colheita no país estava em 0,04% da área brasileira de soja, com atraso sobre os 0,2% do mesmo período do ano passado.
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Os meteorologistas do Inmet também acompanham uma onda de calor que pode chegar ao Sul do Brasil nesta semana.