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2º semestre com extremos: El Niño vai ganhando força e pico será na próxima estação chuvosa, diz MetSul

Publicado em 03/07/2023 10:46
Além da precipitação, consultoria destaca temperaturas acima da média na região Central do Brasil

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Depois de um curto período de neutralidade, o segundo semestre de 2023 será marcada pelas mudanças provocadas pelo El Niño - fenômeno climático previsto desde o início do ano e confirmado recente pela Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA). 

De acordo com previsões recentes da MetSul, a tendência é que a partir de agora as condições extremas no clima fiquem mais evidentes. A consultoria destaca que as mudanças poderão ser sentidas a partir da segunda metade do inverno, nos meses entre agosto e setembro, ressaltando que o pico do fenômeno deve acontecer no início da próxima estação chuvosa, durante a primavera. 

Se a previsão se confirmar a tendência é que a primavera de 2023 seja marcada por excesso de chuva em algumas áreas do Brasil e com mais ocorrências de tempestades. 

"Conforme o último boletim semanal da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), dos Estados Unidos, a anomalia de temperatura da superfície do mar era de 1,0ºC na denominada região Niño 3.4, no Pacífico Equatorial Central, que é usada oficialmente para definir se há um El Niño na forma clássica e de impacto global. O valor está na faixa de El Niño moderado (+1,0ºC a +1,4ºC)", afirma a publicação. 

A MetSul acrescenta que durante o último trimestre deste ano, a intensidade do fenômeno pode ficar entre "forte" e "muito forte", podendo atingir o patamar de um Super El Niño.

O fenômeno climático pode provocar excesso de chuva no Sul do Brasil. Depois da falta de chuva com o La Niña, que resultou em inúmeros problemas para o setor produtivo do país, o excesso de chuva pode favorecer enchentes e levar problemas além do campo nos próximos meses. 

"Há um consenso entre as simulações de clima por computador que esta segunda metade do ano será excessivamente chuvosa na região Sul", acrescenta. Os estados mais afetados devem ser Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O Paraná também poderá sentir os impactos, mas de forma menos intensa. 


O modelo de previsão de anomalias Europeu,  divulgado pela consultoria prevê que até agosto, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, centro-sul do Mato Grosso do Sul e centro-sul de São Paulo podem registrar entre 10mm e 40mm de precipitação acima da média histórica, sendo os volumes mais expressivos previstos para o Sul do Brasil, com excessão do extremo oeste do Rio Grande do Sul. 

Já nos mapas com a previsão de setembro a novembro, é possível observar que no Rio Grande do Sul e em áreas de Santa Catarina, o volume pode chegar a ficar até 100mm acima da média esperada para o período. No Paraná, a tendência é de volumes dentro do esperado ou pouco acima da média. 

No modelo Europeu, chama atenção também os volumes de chuva abaixo da média na região Central do Brasil. A previsão de anomalia mostra que no Centro-Oeste e no Sudeste, a precipitação pode chegar a ficar até 80mm abaixo da média, com destaque para Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Além de comprometer o início do plantio da próxima safra, a condição também pode trazer problemas na produção de laranja e café. Também é esperado corte nas precipitações no Norte e Nordeste do Brasil. 

"A MetSul antecipa, por experiência histórica, que muito provavelmente as anomalias de chuva em alguns meses devem ficar acima a muito acima das indicadas pelos modelos, ou seja, o cenário de chuva excessiva pode ser ainda pior que o indicado pelos modelos de clima", ressalta a consultoria. 

Veja a previsão de anomalia nos próximos meses: 

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TEMPERATURAS 

Além das mudanças nos padrões de chuva, o El Niño pode interferir também nas temperaturas. "A tendência é de um segundo semestre com temperatura acima a muito acima das médias históricas, conforme a região Centro-Sul do Brasil", afirma a consultoria. 

A consultoria ressalta, no entanto, que isso não significa que o Brasil não terá eventos de frio em 2023, mas que os episódios tendem a ser menos frequentes. "A segunda semana de julho agora, por exemplo, pode ter uma incursão de ar frio mais forte com mínimas bastante baixas", acrescenta. 

Os picos de extremos de temperatura alta no final devem acontecer com mais frequência entre o final do inverno e início da primavera. Para o Centro-Oeste e Sudeste, inclusive, são previstos dias de excessivo calor e recorde nas temperaturas.

Veja o mapa de previsão de anomalia nas temperaturas: 

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Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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